quarta-feira, 31 de julho de 2013

A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JEITOSONHA cap XXV

Capítulo XXV - A conversa com os pais
- Adenaíra contraiu uma gravíssima infecção hospitalar, filho...
Bruno ficou chocado com a notícia. O Adenair que conhecera era tão alegre, tão saltitante... "Assim, adormecido e com esta touca, é incrível a semelhança com Jeitosinha", pensou.
Adenaíra abriu os olhos e viu Bruno, ao seu lado, com as ligaduras envolvendo a cabeça.
- O que houve, meu amor? - balbuciou.
- Nada, não se preocupe. Caí da escada - mentiu o rapaz, numa tentativa de minimizar o sofrimento daquela recém mulher.
- E-eu... f-fiz isso por você, Bruno. Fiz por amor... Os olhos de Adenaíra voltaram a se fechar.
- Doutor... Quais as chances? - perguntou o angustiado rapaz.
- Depende muito. Ela pode simplesmente entregar-se à doença, e as chances serão mínimas. Mas se ela se apegar a algo que a faça querer viver, e se o antibiótico em stock não for de farinha Maizena, talvez ela tenha alguma chance.
- É uma pena... Gostaria de poder ajudar.
- Você pode! - disse o médico - Ela o ama! Dê-lhe esperanças!
Bruno continuava perdidamente apaixonado por Jeitosinha. E o que é pior: por Jeitosinha completa, versão de fábrica. "Se Adenair soubesse que seu sacrifício ao realizar a cirurgia apenas aumentou o abismo entre nós...", reflectiu. Mas por outro lado, tentar salvar uma vida era motivação suficiente para fazê-lo recuperar o amor pela sua própria existência, depois da grande desilusão de encontrar a amada trabalhando num bordel. Via como algo mais que uma simples coincidência o facto de estarem juntos numa mesma enfermaria.
- Tudo bem, doutor. Eu vou ajudar! - concluiu, conformado com aquele jogo do destino.
Em sua casa, sozinho no quarto, Ambrósio tentava reorganizar suas ideias. Será que foi mesmo vítima de Jeitosinha? E os homens verdes? Novas imagens se formaram em sua mente depois do choque diante da detective Vanessa. Lembrava-se, remotamente, de uma linda menina loira, que ele amava muito. Sim, talvez fosse Jeitosinha. Ele começava a lembrar-se dela. Para preservar sua sanidade, Ambrósio estava disposto a não associar a filha àquela cena dantesca, e simplesmente esquecer o ocorrido.
Mas Jeitosinha não. Aproveitando-se do facto de que estavam a sós na casa, a moça entrou no quarto dos pais para conversar com o seu deformado genitor...
- Papai...
- J-jeitosinha? - Ambrósio ainda tinha uma ponta de medo na voz
- D-desculpe-me pelas acusações na sala. Minha cabeça não anda boa.
- Engana-se, velho sórdido. Sua cabeça anda melhor do que você pensa.
Ambrósio foi tomado pelo pânico! Aquele sorriso sarcástico e cruel! Sim, não fora um pesadelo! Jeitosinha o havia mutilado com a moto-serra!
- Não! - Gritou o homem - Me deixe em paz! Socorro!
- Grite... Ninguém o ouvirá.
- Não me mate! - implorou, de joelhos, abraçando os pés da loira.
- Eu não seria tão imbecil. Não agora, com aquela detective intrometida por perto. Mas eu aviso-o: se repetir aquelas acusações para quem quer que seja, não pensarei duas vezes antes de consumar o serviço que pensei ter finalizado...
- Sim, sim... - disse Ambrósio, patético, entre lágrimas - Serei um túmulo! Mas... Por favor, me ajude... Ainda não sei se estou bem... Me lembro de algumas imagens completamente surreais... Homens verdes e... e.. Jeitosinha sorriu maliciosamente, abriu o ziper das calças e expôs seu enorme mistério.
- Sim, Ambrósio. Pelo menos isto é real. Mas que história é essa de homens verdes? Que idiota colocaria estúpidos homens verdes em nossas vidas, tão quotidianas?
O homem sacudiu a cabeça, confuso. Jeitosinha acariciou sua cabeça, fazendo o homem se encolher ainda mais. - Vou deixá-lo em paz por enquanto. Mas tenho um pedido, papai: você me ajudará no meu próximo plano de vingança... .

Lágrimas no hospital! Sexo e violência! Não perca o próximo capítulo. Só faltam 4 para o desfecho de tão emocionante quanto épica saga!
Capítulo XXV - A conversa com os pais
- Adenaíra contraiu uma gravíssima infecção hospitalar, filho...
Bruno ficou chocado com a notícia. O Adenair que conhecera era tão alegre, tão saltitante... "Assim, adormecido e com esta touca, é incrível a semelhança com Jeitosinha", pensou.
Adenaíra abriu os olhos e viu Bruno, ao seu lado, com as ligaduras envolvendo a cabeça.
- O que houve, meu amor? - balbuciou.
- Nada, não se preocupe. Caí da escada - mentiu o rapaz, numa tentativa de minimizar o sofrimento daquela recém mulher.
- E-eu... f-fiz isso por você, Bruno. Fiz por amor... Os olhos de Adenaíra voltaram a se fechar.
- Doutor... Quais as chances? - perguntou o angustiado rapaz.
- Depende muito. Ela pode simplesmente  entregar-se à doença, e as chances serão mínimas. Mas se ela se apegar a algo que a faça querer viver, e se o antibiótico em stock não for de farinha Maizena, talvez ela tenha alguma chance.
- É uma pena... Gostaria de poder ajudar.
- Você pode! - disse o médico - Ela o ama! Dê-lhe esperanças!
Bruno continuava perdidamente apaixonado por Jeitosinha. E o que é pior: por Jeitosinha completa, versão de fábrica. "Se Adenair soubesse que seu sacrifício ao realizar a cirurgia apenas aumentou o abismo entre nós...", reflectiu. Mas por outro lado, tentar salvar uma vida era motivação suficiente para fazê-lo recuperar o amor pela sua própria existência, depois da grande desilusão de encontrar a amada trabalhando num bordel. Via como algo mais que uma simples coincidência o facto de  estarem juntos numa mesma enfermaria.
- Tudo bem, doutor. Eu vou ajudar! - concluiu, conformado com aquele jogo do destino.
Em sua casa, sozinho no quarto, Ambrósio tentava reorganizar suas ideias. Será que foi mesmo vítima de Jeitosinha? E os homens verdes? Novas imagens se formaram em sua mente depois do choque diante da detective Vanessa. Lembrava-se, remotamente, de uma linda menina loira, que ele amava muito. Sim, talvez fosse Jeitosinha. Ele começava a  lembrar-se dela. Para preservar sua sanidade, Ambrósio estava disposto a não associar a filha àquela cena dantesca, e simplesmente esquecer o ocorrido.
Mas Jeitosinha não. Aproveitando-se do facto de que estavam a sós na casa, a moça entrou no quarto dos pais para conversar com o seu deformado genitor...
- Papai...
- J-jeitosinha? - Ambrósio ainda tinha uma ponta de medo na voz
- D-desculpe-me pelas acusações na sala. Minha cabeça não anda boa.
- Engana-se, velho sórdido. Sua cabeça anda melhor do que você pensa.
Ambrósio foi tomado pelo pânico! Aquele sorriso sarcástico e cruel! Sim, não fora um pesadelo! Jeitosinha o havia mutilado com a moto-serra!
- Não! - Gritou o homem - Me deixe em paz! Socorro!
- Grite... Ninguém o ouvirá.
- Não me mate! - implorou, de joelhos, abraçando os pés da loira.
- Eu não seria tão imbecil. Não agora, com aquela detective intrometida por perto. Mas eu  aviso-o: se repetir aquelas acusações para quem quer que seja, não pensarei duas vezes antes de consumar o serviço que pensei ter finalizado...
- Sim, sim... - disse Ambrósio, patético, entre lágrimas - Serei um túmulo! Mas... Por favor, me ajude... Ainda não sei se estou bem... Me lembro de algumas imagens completamente surreais... Homens verdes e... e.. Jeitosinha sorriu maliciosamente, abriu o ziper das calças e expôs seu enorme mistério.
- Sim, Ambrósio. Pelo menos isto é real. Mas que história é essa de homens verdes? Que idiota colocaria estúpidos homens verdes em nossas vidas, tão quotidianas?
O homem sacudiu a cabeça, confuso. Jeitosinha acariciou sua cabeça, fazendo o homem se encolher ainda mais. - Vou deixá-lo em paz por enquanto. Mas tenho um pedido, papai: você me ajudará no meu próximo plano de vingança... .

Lágrimas no hospital! Sexo e violência! Não percao  próximo capítulo. Só faltam 4 para o desfecho de tão emocionante quanto épica saga!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JEITOSINHA cap. XXIV

Capítulo XXIV - Ele morreu?
A detective Vanessa sentou-se no sofá que outrora estivera coberto pelo sangue de Ambrósio. Acendeu um cigarro e cruzou lentamente as pernas, numa cena que lembrava Sharon Stone em "Instinto Selvagem".
- Creio que você chegou tarde... - apressou-se a explicar Marilena. Meu marido já voltou.
- Ele é o Ambrósio? - Espantou-se Vanessa, sem conseguir esconder sua expressão de asco - E o que... ou quem fez isso a ele?
- Ainda não sabemos - disse Arlindo.
- Com certeza foi algum acidente... - emendou Jeitosinha, um pouco nervosa.
A experiente Vanessa percebeu o ambiente pesado do lar. "Aqui, com certeza, se escondem grandes segredos", pensou.
Fascinada por seu ofício, naquele momento a bela detective soube que não teria sossego enquanto não desvendasse cada detalhe do que já chamava de "Caso Ambrósio".
- Conte-me, meu bom homem. Quem o feriu?
Ambrósio tremeu à simples lembrança de fragmentos da cena, que ele nem sequer conseguia verbalizar.
- N-não me lembro. Não quero saber. Eu estou bem.
A mulher tocou Ambrósio carinhosamente.
- Procure lembrar-se ... Estas marcas... Foi, sem dúvida, uma arma cortante. Talvez uma lâmina grossa... Uma serra...
- Não! - Ambrósio encolheu-se, em pânico, protegendo a cabeça com as mãos...
Jeitosinha sentiu um arrepio na espinha. E se o pai recobrasse a memória?
A detective Vanessa continuou seu trabalho.
- Procure lembrar-se ... Uma pessoa, uma imagem...
Ambrósio subitamente silenciou-se. Com os olhos fixos na linda policial exclamou baixinho:
- Sim... Eu me lembro de algo. Sim!
- O quê? O quê? - A excitação de Vanessa era quase sexual.
- Foi ela! Foi ela! - gritou, apontando para Jeitosinha.
- É mentira! - gritou Jeitosinha.
- "Cale-se! Deixe o homem concluir seu relato!" - disse a detective. E voltando-se para Ambrósio: - Diga, senhor... Ela fez isso com você. E depois?
- Depois homens verdes, numa nave espacial me trouxeram de volta à vida!
A policial sorriu, constrangida, e abraçou o fragilizado Ambrósio.
- Homens verdes? É uma alucinação, sem dúvida... Por hoje é só. Mas me aguardem. Vou continuar as investigações.
Jeitosinha sentiu-se mais leve. Marilena e Arlindo olharam para o pai e para a loira, com expressões indecifráveis.
Longe dali, a primeira coisa que Bruno viu foi uma luz branca e intensa. O rosto de Jeitosinha sorria para ele, emoldurada por centenas de pénis de todos os tamanhos e formas.
- Estou no paraíso! - sussurrou.
Mas o delírio foi interrompido pela penetração contundente de uma agulha de injecção. De olhos abertos, o confuso rapaz viu um homem de roupa alva, parado ao lado da cama de hospital onde estava deitado.
- Você nasceu de novo, filho. A bala acertou de raspão a sua fronte.
- O-onde estou? - No ambulatório de um hospital público.
Bruno percorreu o lugar com os olhos e não acreditou no que viu. Com uma touca cobrindo os cabelos, adormecida na cama ao lado, encontrava-se ninguém menos que sua amada.
- Jeitosinha! - exclamou.
- Só se for nome de guerra... - corrigiu o médico - Ele chegou aqui como Adenair e agora é Adenaíra...
-Adenaíra? - espantou-se.
- Sim... Ele submeteu-se ontem a uma cirurgia para mudança de sexo. Mas talvez nunca aproveite sua nova anatomia...
- "Porquê doutor? Porquê doutor?" - O homem tomou um longo fôlego antes de explicar a Bruno o drama do ex-irmão, agora irmã, de Jeitosinha.

Gente, já pensou isso no cinema, com a Cameron Diaz de Jeitosinha?
A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JEITOSINHA    (últimos episódios)

Capítulo XXIV - Ele morreu?
A detective Vanessa sentou-se no sofá que outrora estivera coberto pelo sangue de Ambrósio. Acendeu um cigarro e cruzou lentamente as pernas, numa cena que lembrava Sharon Stone em "Instinto Selvagem".
- Creio que você chegou tarde... - apressou-se a explicar Marilena. Meu marido já voltou.
- Ele é o Ambrósio? - Espantou-se Vanessa, sem conseguir esconder sua expressão de asco - E o que... ou quem fez isso a ele?
- Ainda não sabemos - disse Arlindo.
- Com certeza foi algum acidente... - emendou Jeitosinha, um pouco nervosa.
A experiente Vanessa percebeu o ambiente pesado do lar. "Aqui, com certeza, se escondem grandes segredos", pensou.
Fascinada por seu ofício, naquele momento a bela detective soube que não teria sossego enquanto não desvendasse cada detalhe do que já chamava de "Caso Ambrósio".
- Conte-me, meu bom homem. Quem o feriu?
Ambrósio tremeu à simples lembrança de fragmentos da cena, que ele nem sequer conseguia verbalizar.
- N-não me lembro. Não quero saber. Eu estou bem.
A mulher tocou Ambrósio carinhosamente.
- Procure  lembrar-se ... Estas marcas... Foi, sem dúvida, uma arma cortante. Talvez uma lâmina grossa... Uma serra...
- Não! - Ambrósio encolheu-se, em pânico, protegendo a cabeça com as mãos...
Jeitosinha sentiu um arrepio na espinha. E se o pai recobrasse a memória?
A detective Vanessa continuou seu trabalho.
- Procure  lembrar-se ... Uma pessoa, uma imagem...
Ambrósio subitamente silenciou-se. Com os olhos fixos na linda policial exclamou baixinho:
- Sim... Eu me lembro de algo. Sim!
- O quê? O quê? - A excitação de Vanessa era quase sexual.
- Foi ela! Foi ela! - gritou, apontando para Jeitosinha.
- É mentira! - gritou Jeitosinha.
- "Cale-se! Deixe o homem concluir seu relato!" - disse a detective. E voltando-se para Ambrósio: - Diga, senhor... Ela fez isso com você. E depois?
- Depois homens verdes, numa nave espacial me trouxeram de volta à vida!
A policial sorriu, constrangida, e abraçou o fragilizado Ambrósio.
- Homens verdes? É uma alucinação, sem dúvida... Por hoje é só. Mas me aguardem. Vou continuar as investigações.
Jeitosinha sentiu-se mais leve. Marilena e Arlindo olharam para o pai e para a loira, com expressões indecifráveis.
Longe dali, a primeira coisa que Bruno viu foi uma luz branca e intensa. O rosto de Jeitosinha sorria para ele, emoldurada por centenas de pénis de todos os tamanhos e formas.
- Estou no paraíso! - sussurrou.
Mas o delírio foi interrompido pela penetração contundente de uma agulha de injecção. De olhos abertos, o confuso rapaz viu um homem de roupa alva, parado ao lado da cama de hospital onde estava deitado.
- Você nasceu de novo, filho. A bala acertou de raspão a sua fronte.
- O-onde estou? - No ambulatório de um hospital público.
Bruno percorreu o lugar com os olhos e não acreditou no que viu. Com uma touca cobrindo os cabelos, adormecida na cama ao lado, encontrava-se ninguém menos que sua amada.
- Jeitosinha! - exclamou.
- Só se for nome de guerra... - corrigiu o médico - Ele chegou aqui como Adenair e agora é Adenaíra...
-Adenaíra? - espantou-se.
- Sim... Ele submeteu-se ontem a uma cirurgia para mudança de sexo. Mas talvez nunca aproveite sua nova anatomia...
- "Porquê doutor? Porquê doutor?" - O homem tomou um longo fôlego antes de explicar a Bruno o drama do ex-irmão, agora irmã, de Jeitosinha.

Gente, já pensou isso no cinema, com a Cameron Diaz de Jeitosinha?

o Feijões e a Maria


Cheguei, o meu nome é Maria

abandonaram-me,
ontem dormi no tubo de escape do carro da Titas, hoje durmo na sua caminha







terça-feira, 23 de julho de 2013

O PARLAMENTO EUROPEU


O QUE EU DESTACO DAS FOTOGRAFIAS, É O SEMBLANTE DE RESPONSABILIDADE DE CADA DEPUTADO EUROPEU QUE PROCURA, NAQUELE PARLAMENTO, PÔR EM PRÁTICA TODOS OS SONHOS DAS SUAS CANDIDATURAS.  POR ISSO É IMPORTANTE VOTARMOS A VER SE, COM A NOSSA QUOTA-PARTE, AJUDAMOS AQUELA CORJA DA POLÍTICA EUROPEIA A TRANSFORMAR A EUROPA NUM LUGAR APRAZÍVEL, ONDE TODOS POSSAM DORMIR DESCANSADAMENTE.
Parlamento europeu em sessão...
2DB43845ACC9462AA4EFD1D3151E760E@utilizadorPC
European MPs at work in Brussels

12.000 POR MÊS
A8E42D6F024D44D38F65362A947D3F52@utilizadorPC
12.000 POR MÊS
CD885DA59FDE4EA6AFB4CC7A634DDFAE@utilizadorPC
12.000 POR MÊS
8A877096125941DCA3C06AE46BFD76EB@utilizadorPC
12.000 POR MÊS
07B6DEDD7E6E4A87A629F832A73A8530@utilizadorPC
12.000 POR MÊS
EDB4EFC4F925487089B43E03F5677922@utilizadorPC
12.000 POR MÊS
12.000 POR MÊS
F196509C2D76412D92A8744B2649DCA9@utilizadorPC
12.000 POR MÊS
28E5AFF7E7EB498F93E129C59F0478BA@utilizadorPC
12.000 POR MÊS
97390942B1174A748F4D1391D8115253@utilizadorPC
12.000 POR MÊS
E NÓS TRABALHANDO COMO BURROS!...


REPAREM QUE NENHUM DELES TEM SEQUER O CUIDADO DE FINGIR QUE ESTÁ A TRABALHAR !!!!!!!

A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JEITOSINHA cap XXIII

Capítulo XXIII - A reacção de Ambrósio
Por trinta segundos, que pareceram uma eternidade, Jeitosinha e Ambrósio se encararam fixamente. Ela estava a aprender, no bordel de Madame Mary, tudo sobre a arte da dissimulação, por isso conseguiu camuflar o medo, a surpresa e a confusão mental que lhe causava a imagem, ali na sua frente, do homem que assassinara. A expressão de Ambrósio era inocente, quase infantil. O fio de baba intermitente continuava a banhar-lhe o queixo. Com a sua voz pastosa, após o constrangedor silêncio, ele perguntou:
- Quem é você?
Jeitosinha suspirou aliviada. Continuava sem entender o que acontecera. As marcas de cortes no rosto e braços de Ambrósio indicavam que ela realmente o havia ferido, mas talvez não tivesse consumado o crime, pensou. Talvez tenha sofrido alguma espécie de alucinação durante o ataque com a serra eléctrica.
Talvez Ambrósio tenha conseguido sair da casa, se arrastando. Mesmo assim, quem limpara o chão e os móveis?
Nada disso era tão importante quanto o facto de que o pai, talvez pelo choque de ter sido vítima da própria filha, não conseguia reconhecê-la. "Deve ser algum tipo de defesa emocional", concluiu.
Muito mais desconfortável com a situação estava Arlindo. Seu plano de explorar a irmã se esvaziara, em parte, com a reacção do pai ao vê-la. Se Ambrósio não reconhecia Jeitosinha, e tinha perdido sua índole opressora, o que a irmã teria a temer?
De facto, a moça não tinha mais nada a perder. Depois da decepção com seu amado Bruno, e todas as emoções que tomaram sua vida de assalto, o futuro configurava-se diferente. Ela trocou olhares com Arlindo. Sorriu, superiora, e ele entendeu o recado. Jeitosinha estava livre de sua influência maligna mas, curiosamente, não pensava em abandonar o bordel de Madame Mary.
A misteriosa mulher - que ela mal vira e que não poderia reconhecer sob a máscara que usava - de alguma maneira fez com que recuperasse a sua auto-estima. Na casa de 'convívios' aceitavam-na como ela era. E agora havia ainda Laura Croft, a linda ruiva que tinha despertado estranhas emoções em Jeitosinha. Ela vinha, aliás, fazendo um esforço sobre-humano para esquecer Bruno e tentava apegar-se à emoção daquela tarde de prazer, como se residisse ali a sua salvação.
Se Jeitosinha agora via o bordel como uma benção, isso não significava que ela perdoava Arlindo. Pelo contrário, planeara para o irmão uma terrível vingança...
Quanto aos pais, o próprio destino havia-se encarregado da punição. Ambrósio era agora um ser desprezível, débil e deformado. E sua mãe, que, presa às suas convenções sociais, jamais encararia a separação, estava condenada a aturar aquele ser repugnante pelo resto da sua vida.
Jeitosinha estava imersa neste tipo de reflexão quando alguém bateu à porta. Arlindo foi atender e deparou-se com uma morena exuberante, de mais ou menos trinta anos. Ela tinha cabelos negros e lisos, à altura dos ombros. Os olhos de um azul cristalino contrastavam com a pele clara. Mostrando um distintivo ela se apresentou:
- Sou a detective Vanessa Sofia, da Polícia Judiciárial. Vim investigar o desaparecimento de Ambrósio.
Todos na casa, inclusive o próprio Ambrósio, trocaram olhares surpresos.
Do outro lado da cidade, o angustiado Bruno toma sua decisão. Virando a arma em direcção à própria cabeça, ele finalmente aperta o gatilho.

Ele morreu? Ele morreu? Descubra (se calhar só depois do Portas ser vice) em mais um capítulo inédito e surpreendente!
Capítulo XXIII - A reacção de Ambrósio
Por trinta segundos, que pareceram uma eternidade, Jeitosinha e Ambrósio se encararam fixamente. Ela estava a aprender,  no bordel de Madame Mary, tudo sobre a arte da dissimulação, por isso conseguiu camuflar o medo, a surpresa e a confusão mental que lhe causava a imagem, ali na sua frente, do homem que assassinara. A expressão de Ambrósio era inocente, quase infantil. O fio de baba intermitente continuava a banhar-lhe o queixo. Com a sua voz pastosa, após o constrangedor silêncio, ele perguntou:
- Quem é você?
Jeitosinha suspirou aliviada. Continuava sem entender o que acontecera. As marcas de cortes no rosto e braços de Ambrósio indicavam que ela realmente o havia ferido, mas talvez não tivesse consumado o crime, pensou. Talvez tenha sofrido alguma espécie de alucinação durante o ataque com a serra eléctrica.
Talvez Ambrósio tenha conseguido sair da casa, se arrastando. Mesmo assim, quem limpara o chão e os móveis?
Nada disso era tão importante quanto o facto de que o pai, talvez pelo choque de ter sido vítima da própria filha, não conseguia reconhecê-la. "Deve ser algum tipo de defesa emocional", concluiu.
Muito mais desconfortável com a situação estava Arlindo. Seu plano de explorar a irmã se esvaziara, em parte, com a reacção do pai ao vê-la. Se Ambrósio não reconhecia Jeitosinha, e tinha perdido sua índole opressora, o que a irmã teria a temer?
De facto, a moça não tinha mais nada a perder. Depois da decepção com seu amado Bruno, e todas as emoções que tomaram sua vida de assalto, o futuro  configurava-se diferente. Ela trocou olhares com Arlindo. Sorriu, superiora, e ele entendeu o recado. Jeitosinha estava livre de sua influência maligna mas, curiosamente, não pensava em abandonar o bordel de Madame Mary.
A misteriosa mulher - que ela mal vira e que não poderia reconhecer sob a máscara que usava - de alguma maneira fez com que recuperasse a sua auto-estima. Na casa de 'convívios'  aceitavam-na como ela era. E agora havia ainda Laura Croft, a linda ruiva que tinha despertado estranhas emoções em Jeitosinha. Ela vinha, aliás, fazendo um esforço sobre-humano para esquecer Bruno e tentava  apegar-se à emoção daquela tarde de prazer, como se residisse ali a sua salvação.
Se Jeitosinha agora via o bordel como uma benção, isso não significava que ela perdoava Arlindo. Pelo contrário,  planeara para o irmão uma terrível vingança...
Quanto aos pais, o próprio destino havia-se encarregado da punição. Ambrósio era agora um ser desprezível, débil e deformado. E sua mãe, que, presa às suas convenções sociais, jamais encararia a separação, estava condenada a aturar aquele ser repugnante pelo resto da sua vida.
Jeitosinha estava imersa neste tipo de reflexão quando alguém bateu à porta. Arlindo foi atender e deparou-se com uma morena exuberante, de mais ou menos trinta anos. Ela tinha cabelos negros e lisos, à altura dos ombros. Os olhos de um azul cristalino contrastavam com a pele clara. Mostrando um distintivo ela se apresentou:
- Sou a detective Vanessa Sofia, da Polícia Judiciárial. Vim investigar o desaparecimento de Ambrósio.
Todos na casa, inclusive o próprio Ambrósio, trocaram olhares surpresos.
Do outro lado da cidade, o angustiado Bruno toma sua decisão. Virando a arma em direcção à própria cabeça, ele finalmente aperta o gatilho.

Ele morreu? Ele morreu? Descubra (se calhar só na sexta-feira) em mais um capítulo inédito e surpreendente!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JEITOSINHA cap XXII

Capítulo XXII - A volta de Ambrósio
Marilena acordou em sua cama, e sua primeira visão foi Aníbal, um dos filhos menos importantes, daqueles que só fazem figuração na trama.
- Anibal... Que sonho horrível... Pensei que seu pai...
- Não foi um sonho, mamãe. Ele voltou!
A mulher gritou em total desespero:
- Não pode ser! Não pode ser!
O filho estranhou a reacção. Alheio aos problemas que infernizavam a vida de Marilena, Adenair e Jeitosinha, sem saber que Ambrósio era a causa de muito sofrimento, esperava da mãe uma manifestação de alegria.
- Mãe... Você não entende? O papai voltou! Meio zombie, é verdade, mas está vivo! Você deveria estar feliz!
A mulher esboçou um sorriso forçado:
- Sim, meu amor. Claro. Foi só o susto. Claro que estou feliz.
Neste instante, já de banhozinho tomado e vestindo um velho e confortável pijama, Ambrósio entra no quarto.
- Marilena...
- É você mesmo, Ambrósio? - perguntou a mulher.
- Estou tão deformado assim? Claro que sou eu!
Ambrósio não tinha na voz a rispidez habitual. Parecia fragilizado. Sua fala era pastosa. Um canto da boca não se mexia e um fio permanente de baba escorria rumo ao pescoço.
- O que aconteceu com você?
- Não me lembro. Não consigo me lembrar de muita coisa. Vagueei pelas redondezas e aos poucos as memórias foram voltando... Nossa casa, você, nossos filhos...
- E sobre o acidente que o mutilou?
- Nada. Não me lembro de nada. Só vejo uma cena estranha... Assustadora e irreal. Não quero falar sobre isso. Os olhos do homem transmitiam o pavor que lhe causava a simples menção da cena. E a imagem que vinha à sua cabeça era a do travesti, loiro e nu, empunhando uma serra eléctrica.
No hospital público, Adenair acordava da anestesia.
- C... c... como foi a cirurgia, doutor? - perguntou ao homem de branco parado ao seu lado.
- Foi bem. Não consegui fazer um acabamento muito bom. Sabe como é, cirurgia plástica é uma coisa complicada... Mas eu mesmo já vi muita vagina mais feia por aí! - He...He...- o médico amigo de Dona Nair insistia em seu humor infame.
- Meu pénis, doutor... O que vocês fizeram com ele?
Mesmo detestando o que ele considerava um corpo estranho, Adenair sabia que era um pedaço seu que havia sido estripado. E lhe assustava a ideia de que ele pudesse ter ido parar num caixote de lixo hospitalar...
- Fizemos um transplante. Ele agora pertence a um esquesitóide adepto do sexo bizarro, que perdeu o dele quando recebia carinhos orais de um pitt-bull...
- Melhor assim! - Animou-se Adenair - quando recebo alta?
- Amanhã, se tudo correr bem.
"Vai dar tudo certo", pensou o - ou melhor - a jovem. "Vou virar uma linda mulher, como Jeitosinha, e conquistar o coração de Bruno!"
No seu apartamento, Bruno ainda olhava fixamente a arma. Sentia-se ultrajado, perdido, confuso e traído. Mas não conseguia evitar que a imagem de sua loira amada lhe viesse à cabeça. "Onde ela estará agora?" perguntava-se. Mal sabia ele que Jeitosinha, naquele momento, abria a porta de entrada de sua casa para estar frente a frente com o pai que matara!

Como reagirá Ambrósio? e Jeitosinha?
E será que Adenair (agora Adenaira) estará mesmo bem?
Capítulo XXII - A volta de Ambrósio
Marilena acordou em sua cama, e sua primeira visão foi Aníbal, um dos filhos menos importantes, daqueles que só fazem figuração na trama.
- Anibal... Que sonho horrível... Pensei que seu pai...
- Não foi um sonho, mamãe. Ele voltou!
A mulher gritou em total desespero:
- Não pode ser! Não pode ser!
O filho estranhou a reacção. Alheio aos problemas que infernizavam a vida de Marilena, Adenair e Jeitosinha, sem saber que Ambrósio era a causa de muito sofrimento, esperava da mãe uma manifestação de alegria.
- Mãe... Você não entende? O papai voltou! Meio zombie, é verdade, mas está vivo! Você deveria estar feliz!
A mulher esboçou um sorriso forçado:
- Sim, meu amor. Claro. Foi só o susto. Claro que estou feliz.
Neste instante, já de banhozinho tomado e vestindo um velho e confortável pijama, Ambrósio entra no quarto.
- Marilena...
- É você mesmo, Ambrósio? - perguntou a mulher.
- Estou tão deformado assim? Claro que sou eu!
Ambrósio não tinha na voz a rispidez habitual. Parecia fragilizado. Sua fala era pastosa. Um canto da boca não se mexia e um fio permanente de baba escorria rumo ao pescoço.
- O que aconteceu com você?
- Não me lembro. Não consigo me lembrar de muita coisa. Vagueei pelas redondezas e aos poucos as memórias foram voltando... Nossa casa, você, nossos filhos...
- E sobre o acidente que o mutilou?
- Nada. Não me lembro de nada. Só vejo uma cena estranha... Assustadora e irreal. Não quero falar sobre isso. Os olhos do homem transmitiam o pavor que lhe causava a simples menção da cena. E a imagem que vinha à sua cabeça era a do travesti, loiro e nu, empunhando uma serra eléctrica.
No hospital público, Adenair acordava da anestesia.
- C... c... como foi a cirurgia, doutor? - perguntou ao homem de branco parado ao seu lado.
- Foi bem. Não consegui fazer um acabamento muito bom. Sabe como é, cirurgia plástica é uma coisa complicada... Mas eu mesmo já vi muita vagina mais feia por aí! - He...He...- o médico amigo de Dona Nair insistia em seu humor infame.
- Meu pénis, doutor... O que vocês fizeram com ele?
Mesmo detestando o que ele considerava um corpo estranho, Adenair sabia que era um pedaço seu que havia sido estripado. E lhe assustava a ideia de que ele pudesse ter ido parar num caixote de lixo hospitalar...
- Fizemos um transplante. Ele agora pertence a um esquesitóide adepto do sexo bizarro, que perdeu o dele quando recebia carinhos orais de um pitt-bull...
- Melhor assim! - Animou-se Adenair - quando recebo alta?
- Amanhã, se tudo correr bem.
"Vai dar tudo certo", pensou o - ou melhor - a jovem. "Vou virar uma linda mulher, como Jeitosinha, e conquistar o coração de Bruno!"
No seu apartamento, Bruno ainda olhava fixamente a arma. Sentia-se ultrajado, perdido, confuso e traído. Mas não conseguia evitar que a imagem de sua loira amada lhe viesse à cabeça. "Onde ela estará agora?" perguntava-se. Mal sabia ele que Jeitosinha, naquele momento, abria a porta de entrada de sua casa para estar frente a frente com o pai que matara!

Como reagirá Ambrósio? e Jeitosinha?
E será que Adenair (agora Adenaira) estará mesmo bem?

sábado, 20 de julho de 2013

A HISTÓRIA OS CONDENARÁ



Como primeiro-ministro, esbanjou fundos europeus como os macacos esbanjam alcagoitas em tempo de vacas gordas.
Liquidou em saldos a agricultura, pescas e indústria.
Como residente, chefiou a oposição no primeiro mandato e apadrinha o governo de maldição nacional, no segundo mandato. Explica às cagarras as mensagens de N. Sra. de Fátima.

Troikano inflexível, empregado doméstico do sr. Schauble e primeiro-ministro durante dois anos, falhou mais previsões do que a astróloga Maya e deixou a economia do país no mesmo estado em que o Bin-Laden deixou as Torres Gémeas. Lê o 'Finantial Times' e prepara unguentos para vender na feira internacional de Vilar de Perdizes.

Artista rejeitado por Filipe La Féria para o elenco do Politeama, aceitou o papel de idiota útil no filme de terror com guião de Dias Loureiro e realização de António Borges. Está convencido de que é presidente do conselho, como o dr. Salazar o estava na clínica da Cruz Vermelha, pouco antes de baixar à cova.


Faquir profissional, espeta facas nas costas das vítimas e faz delas a passerelle por onde se passeia com a sensualidade de uma Catherine Deneuve.
Iniciado no jogo do gamão pelo correligionário Jacinto Leite Capelo Rego, disputa acesas partidas com o hermano Mariano Rajoy. 

OS SALVADORES


O presidente do governo cumprimenta o Bin-Laden e primeiro-ministro do governo. O adjunto do Bin-Laden e delegado do A. Borges no governo exibe o eterno sorriso dos idiotas úteis. O moço de estoques, retirado em tábuas, estuda os 'morrillos' e planeia o 'tercio de muerte'.
Eis os salvadores. E bendita a pátria que tais filhos tem.


in aditaeobalde

A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JEITOSINHA cap XXI

Capítulo XXI - Bilhete de Adenair
O sol despontou no horizonte tingindo o céu de vermelho. A silhueta perfeita de Jeitosinha, seus longos cabelos loiros, seios voluptuosos, coxas grossas e bumbum empinado, recortados pelo céu do entardecer, eram uma visão idílica. A moça coçou o saco e cuspiu no chão.
- Porra, mais essa agora. Achei muito bom ser homem... - resmungou, no jardim florido da casa de Madame Mary, ainda sentindo na boca o gosto de sexo.
Da janela, a ruiva que havia sido possuída por Jeitosinha, cujo nome de guerra era Laura Croft, suspirava diante da visão do mais radiante e sensual ser humano que já havia conhecido. E olha que ela já tinha transado com uns três maracanãs lotados.
Em seu apartamento, do outro lado da cidade, o angustiado Bruno olhava fixamente o revólver que empunhava. Acabar com a própria vida parecia ser a solução mais plausível para conseguir um pouco de conforto.
Na casa de Jeitosinha, um fio de lágrimas escorria pelo rosto de Marilena enquanto ela lia o bilhete deixado por seu filho Adenair: "Querida mamãe, sem a presença opressora de papai, não vejo mais razão para negar minha própria natureza. A verdade é que, embora na teoria tenha dado à luz sete varões, na prática a senhora tem duas filhas. Me sinto tão mulher quanto Jeitosinha. Não tive, como ela, o privilégio de desfrutar da condição feminina, mesmo que por alguns anos de ilusão. Mas estou disposta a recuperar o tempo perdido. Amanhã terei extirpado de mim, definitivamente, a minha masculinidade. Quero ser uma mulher total. Então vou poder conquistar o coração de Bruno, me casar com ele até ter dois filhos: Lyonce Viiktoria e Nicolás Gaitan. Beijos. Adenaíra"
As pernas da sofrida mulher não conseguiram sustentar o peso do corpo. Sentada no sofá, amassando a pequena nota entre os dedos, Marilena pensava em como sua vida se transformara em questão de dias.
- Meu Deus... O que poderia ser pior? - perguntava-se, em voz alta.
Neste momento um homem sujo e deformado, metido em roupas fétidas, mancando e babando, abre abruptamente a porta.
- Querida, cheguei!

Ambrósio está de volta! Não perca o próximo capítulo inédito da obra mais trash da Blogosfera!
Capítulo XXI - Bilhete de Adenair
O sol despontou no horizonte tingindo o céu de vermelho. A silhueta perfeita de Jeitosinha, seus longos cabelos loiros, seios voluptuosos, coxas grossas e bumbum empinado, recortados pelo céu do entardecer, eram uma visão idílica. A moça coçou o saco e cuspiu no chão.
- Porra, mais essa agora. Achei muito bom ser homem... - resmungou, no jardim florido da casa de Madame Mary, ainda sentindo na boca o gosto de sexo.
Da janela, a ruiva que havia sido possuída por Jeitosinha, cujo nome de guerra era Laura Croft, suspirava diante da visão do mais radiante e sensual ser humano que já havia conhecido. E olha que ela já tinha transado com uns três maracanãs lotados.
Em seu apartamento, do outro lado da cidade, o angustiado Bruno olhava fixamente o revólver que empunhava. Acabar com a própria vida parecia ser a solução mais plausível para conseguir um pouco de conforto.
Na casa de Jeitosinha, um fio de lágrimas escorria pelo rosto de Marilena enquanto ela lia o bilhete deixado por seu filho Adenair: "Querida mamãe, sem a presença opressora de papai, não vejo mais razão para negar minha própria natureza. A verdade é que, embora na teoria tenha dado à luz sete varões, na prática a senhora tem duas filhas. Me sinto tão mulher quanto Jeitosinha. Não tive, como ela, o privilégio de desfrutar da condição feminina, mesmo que por alguns anos de ilusão. Mas estou disposta a recuperar o tempo perdido. Amanhã terei extirpado de mim, definitivamente, a minha masculinidade. Quero ser uma mulher total. Então vou poder conquistar o coração de Bruno, me casar com ele até ter dois filhos: Lyonce Viiktoria e Nicolás Gaitan. Beijos. Adenaíra"
As pernas da sofrida mulher não conseguiram sustentar o peso do corpo. Sentada no sofá, amassando a pequena nota entre os dedos, Marilena pensava em como sua vida  se transformara em questão de dias.
- Meu Deus... O que poderia ser pior? - perguntava-se, em voz alta.
Neste momento um homem sujo e deformado, metido em roupas fétidas, mancando e babando, abre abruptamente a porta.
- Querida, cheguei!

Ambrósio está de volta! Não perca o próximo capítulo inédito da obra mais trash do Facebook!

BIBLIOTECA DIGITAL MUNDIAL



                                                  http://www.wdl.org/


sexta-feira, 19 de julho de 2013

A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JEITOSINHA cap XX

Capítulo XX - Troca de sexo pela Caixa

A casa de Jeitosinha era cenário de tempos estranhos. O desaparecimento do pai parecia preocupar sua mãe e irmãos, mas a loira quase perfeita tinha outras atribulações.
Quem escondera o corpo de Ambrósio e apagara as pistas do assassinato? Quem telefonara a Marilena, fazendo-se passar pelo morto? Jeitosinha não se tinha esquecido de sua vingança. Aliás, também incluíra Arlindo na lista dos desafectos.
Mas o desfecho insólito de seu primeiro crime acabara inibindo-a . Era preciso esperar o momento certo. A prioridade era entender tudo aquilo. E, como se não bastassem tantas reviravoltas do destino, havia a decepção com Bruno, a descoberta da própria sexualidade, os encantos misteriosos da casa de Madame Mary...
Enquanto Adenair procurava, no maior hospital público da cidade, o médico indicado por dona Nair, Jeitosinha voltava ao bordel para uma reunião com a nova patroa. Madame Mary fez uma longa explanação sobre a arte do prazer, uma espécie de preparação teórica para o que viria depois. A expectativa de colocar em prática aquela técnica apurada excitava Jeitosinha. No final do encontro, encaminhava-se para a porta de saída quando sentiu dedos suaves tocando seu ombro.
- Oi. Você é nova por aqui? - perguntou uma linda ruiva de sorriso sedutor.
- Sim... - respondeu, timidamente - Mas ainda não estou trabalhando...
- Ah... É a nova pupila de Madame Mary... Está gostando da preparação?
- Bem... - disse Jeitosinha - É tudo muito excitante, mas não vejo a hora de entrar em acção.
A ruiva apertou suavemente a cintura da loira e, olhando no fundo dos olhos de Jeitosinha, propôs:
- Talvez possamos começar agora... A resposta teve uma ponta de ironia:
- Cuidado, querida. Você pode se surpreender com o que vai encontrar...
- Adoro surpresas! -retrucou a ruiva, já puxando Jeitosinha pela mão até um quarto próximo.
A poucos quilómetros dali, um médico de barba por fazer e bata encardida conversava com Adenair.
- Bom, você sabe que a Caixa não cobre este tipo de operação. Muito menos agora, com os cortes do Gaspar...Mas posso dizer no prontuário que se de uma extracção de apêndice em vias de septicémia. Aliás, não deixa de ser verdade... - disse o homem, rindo de sua própria piada.
- Eu nem sei como lhe agradecer...
- Tudo bem... Eu jamais teria aprendido obstetrícia sem a ajuda de dona Nair. Será uma forma de retribuir o favor.
A operação de mudança de sexo foi marcada para o dia seguinte e Adenair voltou para casa em passos lépidos.
No bordel, Jeitosinha vivia mais uma forte emoção: sua primeira vez com uma mulher. e deliciava-se com a descoberta das inúmeras possibilidades de interacção entre o côncavo e o convexo, tantas vezes cantadas pelo Tony Carreira...

Côncavo e convexo? Como será a reacção da nossa Jeitosinha?




segunda-feira, 15 de julho de 2013

A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JEITOSINHA - cap. XIX

Capítulo XIX - São ou não são...?

- Bruno, eu sempre te amei...

A declaração de Adenair, um desabafo cuspido pelo seu coração angustiado, deixou o sofrido namorado de Jeitosinha perplexo.

- Não, Adenair... Não é possível! Você é...

Como completar a frase? O que era Adenair? O que era Jeitosinha? Quem era ele? Quantas certezas jogadas fora! Quanta paneleirice repentina, transformando sua vida num filme de Almodôvar!

- Durante muito tempo sofri em silêncio. Achei que nunca teria coragem de me expor. Mas desde que soube da condição de Jeitosinha, e percebendo que você ainda gosta dela, vi que por mais difícil que seja, meu sonho não é impossível. Me dê uma chance! Você vai me amar também!

- Você não entende, Adenair? Jeitosinha é diferente! É uma mulher quase completa!

- Não tente se enganar, Bruno... - respondeu - Será que no fundo do seu coração você não tinha a percepção de quem ela realmente era? Você pode afirmar com certeza que é heterossexual?

Ainda traumatizado pela experiência recente, Bruno percebeu que talvez Adenair tivesse razão. Mas ele não se sentia apto a penetrar no lodo de suas emoções.

Reagiu rejeitando, com convicção a hipótese de que fosse gay.
- Sim, Adenair. Sou heterossexual. Aliás estou farto de tanta farsa e dissimulação. Quero encontrar uma mulher de verdade, que não me surpreenda com nenhuma protuberância anti-natural!

Bruno deixou para trás um Adenair magoado e arrependido. Sabia que desejava muito aquele homem, sentia-se mal por tê-lo provocado com palavras e estava disposto a qualquer sacrifício para tê-lo ao seu lado.

- Você quer uma mulher de verdade, Bruno? - murmurou para si mesmo, já que o homem se afastara em passos rápidos - Pois eu serei uma. A mais bela, completa e exuberante que você já viu!

Adenair dormiu pouco aquela noite. Na manhã seguinte, procurou a velha dona Nair, parteira e amiga da família. Sem constrangimento, o rapaz contou à mulher o seu drama e lhe fez um pedido inusitado:

- Preciso mudar de sexo. Preciso me tornar uma mulher. Mas não tenho dinheiro, dona Nair! Por favor, me ajude! A velha coçou sua cabeça grisalha.

- Sei lá, menino... Nem cesariana eu consigo fazer, quanto mais extrair uma piloca.

Adenair cobriu o rosto e chorou convulsivamente.

- Ouve, meu filho, eu conheço um médico que trabalha no SNS...mas, não sei não....e então agora, com os cortes na saúde...

Os olhos do rapaz subitamente brilharam de esperança:

-Me leve até ele! Me leve até ele!



Troca de sexo pela Caixa? Não perca o próximo capítulo inédito!

Exma. Sra. Presidente da Assembleia da República, 
o lugar mais nobre do Parlamento são as galerias pois é lá que se senta o POVO da República Portuguesa. O assento dos deputados é o lugar dos que lá deveriam estar para SERVIR e não para se servir.
Cumprimentos. 
Daniel Catalão




sábado, 13 de julho de 2013

Os Humilhados


Os Humilhados


Assunção Esteves é presidente da Assembleia da República (AR)


Foi a primeira mulher a ocupar um tão alto cargo na hierarquia do Estado. Constitucionalista, ex-deputada cá em casa, no Parlamento Europeu e ex-juíza do Tribunal Constitucional (TC). Muito pouco tempo demonstrou que a presidente da AR vestia a mesma indumentária dos seus correligionários do Governo e não só.

S.ª Ex.ª reformou-se aos 42 anos, com dez anos de trabalho no TC. Assumiu, enquanto presidente da AR, o seu estatuto de reformada, portanto de idosa, ao optar pela reforma em desfavor do vencimento do novo cargo que ocupou. Temos uma pensionista a presidir e a dirigir a AR. Com pensão e com um emprego.

Um cargo como aquele não é de funcionário público, é político. Todavia, há quem pense que, também na política, tem de haver ética e vergonha, mesmo que a regra não seja a da vergonha e da ética. E se questione como uma reformada de exercício de funções públicas prefere a pensão de idosa à remuneração correspondente ao cargo que, efectivamente, exerce.

Tudo isto já é triste. Como se o não fosse, a presidente da AR protagonizou, há dias, um dos mais vexatórios e lamentáveis incidentes ocorridos na assembleia que dirige, a Casa da Democracia, a Casa do Povo. Pelos vistos, é só a casa dela. Quando um reduzido número de reformados se manifestava pacífica e silenciosamente, voltando costas ao hemiciclo, S.ª Ex.ª houve por bem expulsá-los da AR, que, segundo disse, também era deles. Viu-se. Por isso mesmo de lá os despejou.



Onde foi encontrar a presidente da AR legitimidade para tal? Ignora-se. Os manifestantes, ordeiros e silenciosos, fizeram muito menos do que o exemplo que, diariamente, os deputados transmitem. Não perturbaram os trabalhos, ao contrário dos deputados e seus ruídos na AR. Para além disso, quem é a sr.ª presidente, uma reformada aos 40 anos, para humilhar reformados ou pensionistas com 40 e mais anos de trabalho? A que acresce o sistemático assalto por impostos e cortes às reformas e pensões! Ela que preside ao órgão legislativo que vota toda essa humilhação e assalto aos idosos e velhos deste país que o Governo do seu partido e a sua maioria aprova!




No alto entendimento de S.ª Ex.ª, os reformados e pensionistas, humilhados por tudo quanto é poder e não só, devem dirigir-se a um advogado com cartório numa das avenidas finas da capital, aí pagar a formulação de um abaixo-assinado, bem respeitoso, para lhe enviar e ficar sepultado nos gabinetes de ar condicionado da AR. Assim é que está bem, pois a presidente ainda não captou que o povo português em geral, e os reformados e pensionistas em especial, viraram as costas ao poder político de que ela é a segunda mais relevante figura.

Mas vai acabar por entender.

Alberto Pinto Nogueira 

sexta-feira, 12 de julho de 2013

A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JEITOSINHA cap. XVIII



Capítulo XVIII - Será que Bruno e Adenair são...?

Ambrósio não conseguia lembrar-se exactamente quem ele era. Imagens confusas de um
travesti loiro com uma moto-serra lhe vinham à mente, enquanto ele reconhecia alguns
trechos do caminho. Acabou chegando até à porta de sua casa, mas não teve coragem de entrar, especialmente porque não tinha a menor ideia de que lugar era aquele. Viu que dois homens jovens conversavam, sentados num banco da varanda. O dia estava quase nascendo.
Do outro lado da rua, Ambrósio reconheceu algo de familiar naqueles rostos. Mas quem seriam? Aliás, quem seria ele mesmo? O homem subitamente percebeu que nem sequer podia lembrar-se de sua própria face. Procurou algum vidro ou espelho onde pudesse se ver reflectido. Numa grande e quieta poça de água, viu a sua cara monstruosa. Com um grito aterrador correu rumo a um matagal próximo. Estava confuso e com medo. Bruno e Adenair ouviram o grito, mas não deram muita importância.

- Você pode se abrir comigo, Bruno. Sei tudo a respeito de Jeitosinha.
- Tudo? - surpreendeu-se.
- Sim... Ela é uma vítima, tanto quanto você...
Pelo comentário, Bruno percebeu que talvez Adenair não soubesse que a irmã era uma prostituta. "Se ela conseguiu me enganar, porque não enganaria o irmão?", perguntou-se.
Tombando diante da pressão, Bruno chorou convulsivamente. Adenair puxou-o em direcção ao peito, abraçando-o e acariciando seus cabelos.

Bruno pôde perceber que o toque e o suave perfume do rapaz lembravam muito os de sua irmã. Sentiu-se confortável por alguns minutos. "Enxugando as lágrimas, Bruno viu bem de perto os olhos de Adenair, tão parecidos com os de Jeitosinha. Só então deu-se conta de que algo estranho acontecia ali: o apoio que estava recebendo, mais físico e mudo do que um simples diálogo, não é comum entre os homens.
- Adenair, porque você me abraçou deste
jeito? - perguntou, temendo a resposta.
Num matagal a poucos metros, Ambrósio começava a se dar conta de quem era.Talvez por um bloqueio, causado pela morte violenta ou pelo processo utilizado para trazê-lo de volta à vida, não associava o travesti loiro à sua amada Jeitosinha. Mas já sabia que ele era o chefe daquela casa que reconhecera, e que estava deformado por alguma terrível razão, a mesma pela qual se sentia impelido a manter-se escondido.
Na varanda da casa, Adenair começava sua revelação. Cada palavra pronunciada doía como um parto.
- Bem, Br
uno... Também tenho um segredo... .

Qual será a reacção de Bruno... E Ambrósio? Vai querer vingança?


a irrevogável sustentabilidade da criatura







sábado, 6 de julho de 2013

O estado (badalhoco) da nação







IMPERDÍVEL!!!


A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JEITOSINHA cap. XVII

Capítulo XVII - Bye Bye Ets

Condenados a sair da história pelos leitores deste folhetim, que entupiram a minha caixa de e-mails com pedidos neste sentido, os Ets finalmente preparam-se para voltar ao seu planeta ameaçado.
- O que você andou fazendo a tarde inteira? - perguntou um dos membros da equipe ao chefe da expedição, um cientista brilhante em seu mundo.
- Nada demais... Encontrei os restos de um humano esquartejado e, só para me distrair, trouxe-o de volta à vida... - disse, apontando uma figura no canto do laboratório.
Toda a tecnologia dos homenzinhos verdes não fora suficiente para impedir que, visualmente, o resultado final ficasse sofrível. Mas era possível reconhecer, naquele homem repleto de cicatrizes, as feições de Ambrósio.
- Ele recuperou a memória e a razão?
- Está um pouco confuso ainda... - disse o cientista. - Talvez nunca volte a ser o que era antes, mas foi divertido brincar de Deus e inverter a ordem natural das coisas, antes de deixar definitivamente este mundinho atrasado.
Sabe-se lá o que este monstro fará nesta sua volta à vida...
A nave deixa o homem à beira da estrada deserta e levanta voo rumo ao infinito. Não muito longe dali um cabisbaixo Bruno faz seu caminho de volta para casa, ainda entorpecido pela descoberta de que sua doce Jeitosinha era uma garota de programa.
Como se não bastasse, sentia a confusão mental causada pela percepção de que sua experiência com o travesti no Bordel fora totalmente inconclusiva. Até ao momento em que Jeitosinha interrompeu o acto sexual, ainda não havia encontrado prazer. Mas era difícil saber como a coisa iria terminar. Bruno não tinha pressa para chegar a lugar nenhum. Precisava pensar e, talvez involuntariamente, acabou passando em frente à casa de Jeitosinha. Sentiu um nó no coração ao ver a janela do quarto da moça. Saudades de um passado perfeito e uma profunda revolta por sentir que um futuro feliz havia sido abortado.
- Bruno?... - por um momento pensou ser Jeitosinha, mas a voz que vinha da varanda escura da casa era mais grave.
- Adenair? - Sim... - disse o suave irmão da loira, aproximando-se. -
- Você não parece bem... Quer conversar? Bruno encarou Adenair.
Ele nunca havia percebido o quanto o rapaz se parecia com Jeitosinha!
- Não creio que você possa me ajudar...
- Talvez eu possa... - respondeu o moço, com a voz trémula de emoção e desejo.

Será que Bruno e Adenair... hmmm... Será? E Ambrósio? Vai querer vingança?


quarta-feira, 3 de julho de 2013

A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JEITOSINHA cap.XVI

Capítulo XVI - Surpresa
Bruno havia bebido a tarde inteira, buscando no álcool a coragem necessária para pôr à prova sua masculinidade. Por isso mesmo, a imagem de Jeitosinha, naquele bordel de luxo, observando-o em pelo acto de amor com um travesti, pareceu uma alucinação ou um sonho.
- Amor... Não é nada disso que você está pensando! - disse o rapaz, sem muita inspiração.
Depois, recuperando a sobriedade, foi tomado por um tipo diferente de perplexidade.
- Mas... Espera aí... O que você está fazendo aqui? - perguntou Bruno à sua amada, enquanto a prostituta, prevendo o barraco, saía de fininho.
Cheia de revolta, Jeitosinha disse a primeira coisa que lhe ocorreu para ferir Bruno:
- O que lhe parece? Pelos vistos você prefere as morenas... Mas nós, loiras, para além de nada burras, somos muito boas na arte de enlouquecer os homens...
- Não pode ser, meu amor... Diga que é um sonho... Me belisca para eu sentir dor e acordar!
- Depois do que eu vi pela fresta da porta, tem certeza de que não tem nada doendo aí? - Alfinetou jeitosinha, cheia de ironia.
- Não! Você não! Não pode ser! Não pode ser!
Bruno puxava os próprios cabelos com violência e rolava pelo chão num desespero patético. Jeitosinha apenas jogou os cabelos longos para o lado, com aquele gesto superior com que as loiras costumam descartar os simples mortais, e retirou-se do ambiente.
Seu coração por dentro estava em frangalhos, mas o que Bruno viu foi a imagem de uma mulher fria.
Com passos precisos e a elegância de uma modelo, Jeitosinha atravessou o corredor e voltou ao escritório de Madame Mary. Lá dentro, tombou de joelhos e começou a chorar.
- Não pode ser, Madame Mary... Meu amado, Bruno... Um homem tão puro e íntegro... Aqui! Com aquela... aquela... - a certeza de que não era tão diferente da exótica morena impedia Jeitosinha de achar a palavra certa.
- Os homens são todos iguais, minha criança - disse Mary, acariciando a loira. Uns animais capazes de qualquer coisa por um momento de luxúria. Eles nunca saberão o que é o amor verdadeiro. É justamente isso que torna tão fascinante a nossa arte de sedução...
Jeitosinha levantou os olhos e, agarrando-se às pernas da misteriosa mulher, implorou:
- Ajude-me, Madame! Ajude-me a ser como você!
- Claro, querida... Claro....
Madame Mary sabia que tinha nas mãos um diamante em estado bruto. Um diamante pronto para ser lapidado na dor de um coração partido.




O (desgraçado) estado da nação