sábado, 29 de junho de 2013

A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JEITOSINHA Cap. XV

Capítulo XV - Decisões

O júbilo de Jeitosinha durou pouco. Se num primeiro momento a ideia de ter salvo a humanidade era alentadora, horas depois o que a fantástica experiência lhe causava era mais revolta e dor. De que adiantava ter salvo o mundo, se não obteria pelo seu acto qualquer tipo de reconhecimento?
Para o resto da humanidade, ela continuava sendo aquele ser anacrónico, discriminado por fugir dos padrões. Só uma pessoa na cidade estava se sentindo mais angustiado: Bruno. Num bairro distante, trancado em seu apartamento, o pobre rapaz reflectia sobre a grande - bota grande nisso - emoção que sentiu em sua primeira noite de amor com Jeitosinha.
"Será que eu gostei porque era a minha amada?", perguntava-se. "Ou será que tamanho prazer adveio do facto de que se tratava de um homem? Sou hetero ou gay?".
- Quem é você? - Gritou Bruno angustiado, olhando sua imagem no espelho. Sentia-se sujo. Seus desejos o incomodavam, como se ele tivesse experimentado a fruta do pecado. Mas sabia que Jeitosinha era uma vítima, como ele. Ele podia entender que a namorada era um modelo de virtude e pureza, e que seu gesto, ao seduzi-lo, era apenas uma grande manifestação de amor! Por um momento, olhou para o problema sob outra perspectiva, muito menos dramática:
"Sim, Jeitosinha é pura. É a minha Jeitosinha. Em nome desta pureza vale a pena continuar com ela!", concluiu. Se ela fosse um travesti vulgar... mas não! Ela foi criada como uma mulher, sob rígidos padrões morais! Quem sabe eles ainda pudessem ter uma vida juntos, mantendo a condição de Jeitosinha em segredo?
Num fragmento de sonho, Bruno se viu casado com ela, vivendo grandes noites de amor e criando duas crianças adoptadas - Martim José e Cátia Marisa - como se fossem seus filhos biológicos. Pensou em procurar a sua doce amada naquele mesmo momento e propor a realização do casamento, tão desejado em tempos menos complicados.
Mas antes precisava enfrentar seu próprio demónio interior. Precisava saber se o que sentira naquela noite mágica era amor ou pura volúpia. Precisava, enfim, fazer amor com outro travesti e colocar-se à prova! Bruno resolveu que aquela noite iria a um bordel atrás de respostas. Iria buscar reviver, com uma vulgar criatura da noite, emoções tão grandes quanto as que viveu com sua inocente Jeitosinha.

Mal podia imaginar a grande surpresa que o esperava......
cCapítulo XVIII - Será que Bruno e Adenair são...?
Ambrósio não conseguia  lembrar-se exactamente quem ele era. Imagens confusas de um travesti loiro com uma moto-serra lhe vinham à mente, enquanto ele reconhecia alguns trechos do caminho. Acabou chegando até à porta de sua casa, mas não teve coragem de entrar, especialmente porque não tinha a menor ideia de que lugar era aquele. Viu que dois homens jovens conversavam, sentados num banco da varanda. O dia estava quase nascendo.
Do outro lado da rua, Ambrósio reconheceu algo de familiar naqueles rostos. Mas quem seriam? Aliás, quem seria ele mesmo? O homem subitamente percebeu que nem sequer podia lembrar-se de sua própria face. Procurou algum vidro ou espelho onde pudesse se ver reflectido. Numa grande e quieta poça de água, viu a sua cara monstruosa. Com um grito aterrador correu rumo a um matagal próximo. Estava confuso e com medo. Bruno e Adenair ouviram o grito, mas não deram muita importância.
- Você pode se abrir comigo, Bruno. Sei tudo a respeito de Jeitosinha.
- Tudo? - surpreendeu-se.
- Sim... Ela é uma vítima, tanto quanto você...
Pelo comentário, Bruno percebeu que talvez Adenair não soubesse que a irmã era uma prostituta. "Se ela conseguiu me enganar, porque não enganaria o irmão?", perguntou-se.
Tombando diante da pressão, Bruno chorou convulsivamente. Adenair puxou-o em direcção ao peito, abraçando-o e acariciando seus cabelos.
Bruno pôde perceber que o toque e o suave perfume do rapaz lembravam muito os de sua irmã. Sentiu-se confortável por alguns minutos. "Enxugando as lágrimas, Bruno viu bem de perto os olhos de Adenair, tão parecidos com os de Jeitosinha. Só então deu-se conta de que algo estranho acontecia ali: o apoio que estava recebendo, mais físico e mudo do que um simples diálogo, não é comum entre os homens.
- Adenair, porque você me abraçou deste jeito? - perguntou, temendo a resposta.
Num matagal a poucos metros, Ambrósio começava a se dar conta de quem era.Talvez por um bloqueio, causado pela morte violenta ou pelo processo utilizado para trazê-lo de volta à vida, não associava o travesti loiro à sua amada Jeitosinha. Mas já sabia que ele era o chefe daquela casa que reconhecera, e que estava deformado por alguma terrível razão, a mesma pela qual se sentia impelido a manter-se escondido.
Na varanda da casa, Adenair começava sua revelação. Cada palavra pronunciada doía como um parto.
- Bem, Bruno... Também tenho um segredo... .

Qual será a reacção de Bruno... E Ambrósio? Vai querer vingança?

é fartar, vilanagem




Quem é o artista?
http://imagens3.publico.pt/imagens.aspx/752433?tp=UH&db=IMAGENS&w=749
João Moreira Rato, 42 anos, tem no currículo a passagem pelos bancos que estiveram na origem da crise financeira global -  Goldman Sachs, Lehman Brothers e Morgan Stanley.
  Acha bem pagar tanto a pessoas com cadastro criminal?!

A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JEITOSINHA - cap XIV

Capítulo XIV - Jeitosinha e Arlindo nas mãos dos ET's
Lentamente, Jeitosinha foi recuperando a consciência. Nos primeiros minutos, aquele cenário de ficção científica parecia apenas um sonho estranho. Mas à medida que as imagens ganharam contornos e cores - e que aflorou em sua mente a lembrança dos últimos momentos no carro - um indescritível pânico tomou conta de nossa heroína. Seu grito agudo acordou Arlindo que, como ela, encontrava-se atado a uma chapa metálica, quase verticalmente.
A sala estava deserta mas, minutos depois, duas das criaturas verdes entraram no ambiente. Mesmo sendo de uma espécie muito diferente, Jeitosinha sentiu que aqueles seres estavam muito tristes. Seus enormes olhos revelavam esta condição.
Usando um estranho aparelho, que acoplado à boca do extraterrestre funcionava como um tradutor, a criatura que parecia liderar as demais dirigiu-se ao casal.
- Creio que lhes devemos explicações...
Jeitosinha e Arlindo estavam paralisados pelo medo. O homem verde continuou:
- Meu planeta está passando por uma crise terrível. Construímos uma civilização poderosa e avançadíssima. Controlamos toda a nossa galáxia, mas estamos condenados à extinção.
Os rostos curiosos dos irmãos não moviam um só músculo, enquanto o ET narrava sua história. Ele explicou que, por um capricho da biologia que a ciência não conseguiu contornar, estava nascendo em seu planeta um número infinitamente inferior de mulheres, em comparação com o número dos homens. Pelos cálculos dos cientistas, em não mais que quinhentos anos seu povo terá desaparecido, a não ser que se encontre uma alternativa para se reverter o quadro.
- Numa análise superficial - continuou a criatura - percebemos que talvez fosse possível utilizar as terráqueas para gerar nossos filhos. Se a ideia se confirmasse, nossa intenção era a de exterminar todos os homens e levar connosco as mulheres. Minha missão foi vir à Terra com o propósito específico de, analisando a anatomia feminina, abortar ou autorizar a operação.
O homem verde deixou-se desabar numa cadeira, vencido pelo desânimo.
- Mantivemos você sedada por seis horas - disse, dirigindo-se a Jeitosinha - e descobrimos, depois de estudá-la, que a máquina humana é muito mais complexa do que esperávamos. Vocês, mulheres terráqueas, são bastante parecidas com os homens.
Jeitosinha esforçou-se para não demonstrar sua enorme alegria: ao ser confundida com uma mulher, sem querer ela havia salvado a raça humana da destruição total!
- Vamos libertá-los e partir atrás de outros mundos - terminou o ser.
Já de volta ao carro, ainda atónita por aquele turbilhão de emoções, Jeitosinha abraçou seu irmão e inimigo: - Você entende, Arlindo? Minha vida tem um sentido! O que são nossas lutas e intrigas do dia-a-dia, diante desta experiência tão avassaladora?
Arlindo afastou Jeitosinha e esboçou um sorriso pálido.
- É, irmã. Foi bom. O dia está nascendo e devemos voltar para casa. Mas como a vida continua, amanhã você estreia no bordel.
O que estes ET's vieram fazer na história? Será que se foram da mesma forma estúpida como entraram?

Capítulo XIV - Jeitosinha e Arlindo nas mãos dos ET's
Lentamente, Jeitosinha foi recuperando a consciência. Nos primeiros minutos, aquele cenário de ficção científica parecia apenas um sonho estranho. Mas à medida  que as imagens ganharam contornos e cores - e que aflorou em sua mente a lembrança dos últimos momentos no carro - um indescritível pânico tomou conta de nossa heroína. Seu grito agudo acordou Arlindo que, como ela, encontrava-se atado a uma chapa metálica, quase verticalmente.
A sala estava deserta mas, minutos depois, duas das criaturas verdes entraram no ambiente. Mesmo sendo de uma espécie muito diferente, Jeitosinha sentiu que aqueles seres estavam muito tristes. Seus enormes olhos revelavam esta condição.
Usando um estranho aparelho, que acoplado à boca do extraterrestre funcionava como um tradutor, a criatura que parecia liderar as demais dirigiu-se ao casal.
- Creio que lhes devemos explicações...
Jeitosinha e Arlindo estavam paralisados pelo medo. O homem verde continuou:
- Meu planeta está passando por uma crise terrível. Construímos uma civilização poderosa e avançadíssima. Controlamos toda a nossa galáxia, mas estamos condenados à extinção.
Os rostos curiosos dos irmãos não moviam um só músculo, enquanto o ET narrava sua história. Ele explicou que, por um capricho da biologia que a ciência não conseguiu contornar, estava nascendo em seu planeta um número infinitamente inferior de mulheres, em comparação com o número dos homens. Pelos cálculos dos cientistas, em não mais que quinhentos anos seu povo terá desaparecido, a não ser que se encontre uma alternativa para se reverter o quadro.
- Numa análise superficial - continuou a criatura - percebemos que talvez fosse possível utilizar as terráqueas para gerar nossos filhos. Se a ideia se confirmasse, nossa intenção era a de exterminar todos os homens e levar connosco as mulheres. Minha missão foi vir à Terra com o propósito específico de, analisando a anatomia feminina, abortar ou autorizar a operação.
O homem verde deixou-se desabar numa cadeira, vencido pelo desânimo.
- Mantivemos você sedada por seis horas - disse, dirigindo-se a Jeitosinha - e descobrimos, depois de estudá-la, que a máquina humana é muito mais complexa do que esperávamos. Vocês, mulheres terráqueas, são bastante parecidas com os homens.
Jeitosinha esforçou-se para não demonstrar sua enorme alegria: ao ser confundida com uma mulher, sem querer ela havia salvado a raça humana da destruição total!
- Vamos libertá-los e partir atrás de outros mundos - terminou o ser.
Já de volta ao carro, ainda atónita por aquele turbilhão de emoções, Jeitosinha abraçou seu irmão e inimigo: - Você entende, Arlindo? Minha vida tem um sentido! O que são nossas lutas e intrigas do dia-a-dia, diante desta experiência tão avassaladora?
Arlindo afastou Jeitosinha e esboçou um sorriso pálido.
- É, irmã. Foi bom. O dia está nascendo e devemos voltar para casa. Mas como a vida continua, amanhã você estreia no bordel.
O que estes ET's vieram fazer na história? Será que se foram da mesma forma estúpida como entraram?

sexta-feira, 28 de junho de 2013

UM DIA ...



SIADAP
Implementação do SIADAP
Lei nº 66-B/2007, de 28 de Dezembro
 

Vinculo 
Alteração unilateral do vínculo
Lei nº 12-A/2008, de 27 de Fevereiro

 Concursos
Suspensão dos procedimentos concursais e das mudanças de nível pendentes
Despacho do MF nº 15248-A/2010, de 7/10/2010

 Reducao
            salarial
 Redução salarial
Artº 19º da Lei Nº 55-A/2010, de 31-12 (Lei do OE 2011)

 Valorizacoes remuneratorias
 Proibição das valorizações remuneratórias,
designadamente das alterações de posicionamento remuneratório resultantes de progressões e promoções
Artº 24º da Lei nº 55-A/2010, de 31-12 (Lei do OE 2011)


CES 
Contribuição extraordinária de solidariedade
Artº 162º da Lei nº 55-A/2010, de 31-12 (Lei do OE 2011)


subsidio
Corte dos subsídios de férias e de Natal
Artº 21º e 25º da Lei Nº 64-B/2011, de 30/12 (Lei do OE 2012)

 pensoes
Alteração do cálculo da pensão de aposentação
Artº 80º da Lei nº 66-B/2012, de 31-12 (Lei do OE 2013)

 ...

 Greve

domingo, 23 de junho de 2013

A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JEITOSINHA cap. XIII

Capítulo XIII - Reconciliação de Jeitosinha e Bruno
A família finalmente percebeu que Ambrósio estava desaparecido. Ele não voltara da pescaria nem dado sinal de vida.
Marilena chamou a Polícia, que pareceu não dar muita importância à ocorrência. Os dois policiais fizeram poucas perguntas, anotaram um boletim de forma burocrática e se foram em poucos minutos, levando uma foto do homem.
Jeitosinha chegou a casa quase na hora do almoço. Os irmãos não perceberam que ela passara a noite fora, mas sua mãe sim.
- Onde você esteve? - perguntou. Jeitosinha ignorou a abordagem. - Sorte sua seu pai não estar por aqui. Ele não ia gostar disso... - insistiu Marilena, com um tom seco de reprovação na voz.
A resposta da filha foi carregada de ironia:
- O que poderia preocupá-lo, mamãe? O risco de que eu perca a virgindade, ou volte grávida para casa? Marilena tentou acariciar o cabelo da filha, que afastou sua mão com um gesto brusco.
- Não se encoste! Eu odeio você!
Um fio de lágrima escorreu pela face esquerda da sofrida mãe.
- Querida... Você é tão jovem...Tem uma vida pela frente! Ainda há tempo de encontrar a felicidade...
- Como eu poderia ser feliz? Eu sou uma mulher aprisionada no corpo de um homem!
- Veja o lado positivo... - tentou consertar Marilena - Você não tem tensão pré-menstrual, não precisa sentar-se em privadas sujas de baton... Mantenha a calma e a resignação. Você ainda encontrará algum homem que a aceite como você é!
"Sim", conjecturou Jeitosinha. "Esse homem talvez seja Bruno. Mas como ele estará se sentindo depois de nossa estranha noite de amor?". Ela pensou durante todo o dia no seu amado, reunindo forças para enfrentar sua primeira noite no bordel de luxo. Curiosamente, a expectativa de entregar-se a estranhos não a incomodava. Desde a revelação de sua condição, ela não se reconhecia naquele corpo. Não sentia que tivesse que zelar dele.
Eram nove da noite quando Jeitosinha entrou no calhambeque de Arlindo, seu irmão e cúmplice, rumo à casa de encontros. O local ficava próximo, mas era preciso percorrer um pequeno trecho numa estrada pouco movimentada.
Justamente quando passavam pela parte mais escura e deserta do percurso, uma luz surgida do nada cegou momentaneamente Arlindo, impedindo-o de dirigir. O rapaz pisou no freio abruptamente. Antes que pudessem esboçar qualquer reacção, as duas portas do carro foram abertas, e o casal foi retirado de dentro do veículo por mãos poderosas. Pouco antes de tomar uma descarga eléctrica que a faria perder os sentidos, Jeitosinha pôde ver a face de seus raptores: eram homenzinhos verdes vestindo estranhos macacões prateados.

Jeitosinha e Arlindo nas mãos de ET's?
Capítulo XIII - Reconciliação de Jeitosinha e Bruno
A família finalmente percebeu que Ambrósio estava desaparecido. Ele não voltara da pescaria nem dado sinal de vida.
Marilena chamou a Polícia, que pareceu não dar muita importância à ocorrência. Os dois policiais fizeram poucas perguntas, anotaram um boletim de forma burocrática e se foram em poucos minutos, levando uma foto do homem.
Jeitosinha chegou a casa quase na hora do almoço. Os irmãos não perceberam que ela passara a noite fora, mas sua mãe sim.
- Onde você esteve? - perguntou. Jeitosinha ignorou a abordagem. - Sorte sua seu pai não estar por aqui. Ele não ia gostar disso... - insistiu Marilena, com um tom seco de reprovação na voz.
A resposta da filha foi carregada de ironia:
- O que poderia preocupá-lo, mamãe? O risco de que eu perca a virgindade, ou volte grávida para casa? Marilena tentou acariciar o cabelo da filha, que afastou sua mão com um gesto brusco.
- Não se encoste! Eu odeio você!
Um fio de lágrima escorreu pela face esquerda da sofrida mãe.
- Querida... Você é tão jovem...Tem uma vida pela frente! Ainda há tempo de encontrar a felicidade...
- Como eu poderia ser feliz? Eu sou uma mulher aprisionada no corpo de um homem!
- Veja o lado positivo... - tentou consertar Marilena - Você não tem tensão pré-menstrual, não precisa sentar-se em privadas sujas de baton... Mantenha a calma e a resignação. Você ainda encontrará algum homem que a aceite como você é!
"Sim", conjecturou Jeitosinha. "Esse homem talvez seja Bruno. Mas como ele estará se sentindo depois de nossa estranha noite de amor?". Ela pensou durante todo o dia no seu amado, reunindo forças para enfrentar sua primeira noite no bordel de luxo. Curiosamente, a expectativa de entregar-se a estranhos não a incomodava. Desde a revelação de sua condição, ela não se reconhecia naquele corpo. Não sentia que tivesse que zelar dele.
Eram nove da noite quando Jeitosinha entrou no calhambeque de Arlindo, seu irmão e cúmplice, rumo à casa de encontros. O local ficava próximo, mas era preciso percorrer um pequeno trecho numa estrada pouco movimentada.
Justamente quando passavam pela parte mais escura e deserta do percurso, uma luz surgida do nada cegou momentaneamente Arlindo, impedindo-o de dirigir. O rapaz pisou no freio abruptamente. Antes que pudessem esboçar qualquer reacção, as duas portas do carro foram abertas, e o casal foi retirado de dentro do veículo por mãos poderosas. Pouco antes de tomar uma descarga eléctrica que a faria perder os sentidos, Jeitosinha pôde ver a face de seus raptores: eram homenzinhos verdes vestindo estranhos macacões prateados.

Jeitosinha e Arlindo nas mãos de ET's?

ALERTA DE SAÚDE PÚBLICA



Toma muito cuidado.
Alerta todos os familiares e amigos       


Tens Lasefoia?

O que é a  LASEFOIA

Enfermidade não aceite pela classe médica. 
Entretanto, milhões de pessoas em todo mundo padecem deste mal e esperam a aprovação da Organização Mundial de Saúde para que se estude e se encontre a cura para esta  enfermidade que, cada dia, é adquirida por milhares de pessoas.

Se tiveres 3 ou mais sintomas indicados abaixo é sinal de alerta vermelho!!!!

SINTOMAS QUE DEFINEM O APARECIMENTO DESTA PATOLOGIA:

1.- Se um café te provoca insónia.
2.- Se uma cerveja te leva directo ao  quarto de banho.
3.- Se tudo te parece muito caro.
4.- Se qualquer coisa te altera.
5.- Se todo o pequeno excesso alimentar te provoca aumento de peso.
6.- Se a feijoada "cai" como chumbo no estômago.
7.- Se o sal sobe a tua tensão arterial.
8.- Se numa festa pedes a mesa mais distante possível da música e das pessoas.
9.- Se  apertar os sapatos te provoca dor nas costas.
10.- Se a TV te provoca sono.
Então todos estes sintomas são prova irrefutável de que padeces de

LA-SE-FOI-A      juventude!



       

sábado, 22 de junho de 2013

Sevilhanas - bela coreografia


Clicar sobre      SENHORITA!
»»»»»»»»»  SENHORITA

A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JEITOSINHA - cap. XII

Capítulo XII - Destino Cruel
Jeitosinha não acreditava no que acabava de ouvir. Desde a revelação de seu trágico segredo, sentia-se num pesadelo sem fim. Não bastasse todo o ódio em seu coração, o estranho desfecho da morte do pai e a perda de Bruno, seu amado, agora a nossa heroína era chantageada pelo cruel Arlindo!
- Você quer que eu me prostitua?
- Sim. - concordou o irmão, sem um pingo de emoção na voz - Existe um bordel de luxo aqui perto de casa... Pessoas exóticas como você podem ter um bom valor no mercado.
- M-mas... Eu sou virgem! Sou inocente! - retrucou Jeitosinha, em prantos.
- Pois você tem até amanhã para aprender o que precisa.
Arlindo deixou o quarto da loira batendo a porta. Adenair entrou em seguida, curioso em saber o que acontecera. Jeitosinha contou resumidamente a história.
- Mas não pode ser! Você precisará matá-lo também! - reagiu o invertido, batendo o pézinho nervosamente.
- Sim, mas não poderei fazê-lo agora. Não com o estranho desaparecimento do corpo de papai. Precisamos desvendar primeiro este mistério. - disse Jeitosinha, recompondo-se.
- Então você...
- Não resta outra alternativa, Adenair. Terei que me submeter aos caprichos de Arlindo. E pode ter certeza: estarei mais pronta amanhã do que ele pensa!
Pela primeira vez desde o rompimento, Jeitosinha voltou aquela noite ao apartamento de Bruno.
Encontrou-o em estado de total desespero, sorvendo doses e mais doses de whisky barato.
- Você destruiu a minha vida! - Lamentou o jovem.
A loira, usando um vestidinho curto, sentou-se no seu colo. Numa explosão de luxúria, enfiou a língua na boca de Bruno, antes que ele pudesse esboçar qualquer reacção. Num primeiro momento ele retribuiu ao carinho, mas logo lembrou-se de que estava beijando um homem. Rejeição e desejo se sucediam em ondas no coração de Bruno. Mas ele havia bebido bastante e amava Jeitosinha...
No dia seguinte, consumada uma louca e completa noite de amor, a loira acordou e viu Bruno, de pé, contemplando-a . Ela abriu um sorriso, mas não foi retribuída.
- Você é tão bonita... - murmurou o rapaz, com um semblante que mais sugeria um lamento que um elogio.
- O que você achou da noite, meu amor?
- Eu... Eu estou confuso... Foi tudo muito diferente... Me vi fazendo coisas que nunca imaginei ser capaz...
- Calma amor... - respondeu docemente Jeitosinha - Sente-se aqui ao meu lado. Vamos conversar melhor sobre isso...
- Bem... - respondeu Bruno, com um sorrisinho sem graça - podemos até conversar. Mas sentar eu não consigo...
Capítulo XII - Destino Cruel
Jeitosinha não acreditava no que acabava de ouvir. Desde a revelação de seu trágico segredo, sentia-se num pesadelo sem fim. Não bastasse todo o ódio em seu coração, o estranho desfecho da morte do pai e a perda de Bruno, seu amado, agora a nossa heroína era chantageada pelo cruel Arlindo!
- Você quer que eu me prostitua?
- Sim. - concordou o irmão, sem um pingo de emoção na voz - Existe um bordel de luxo aqui perto de casa... Pessoas exóticas como você podem ter um bom valor no mercado.
- M-mas... Eu sou virgem! Sou inocente! - retrucou Jeitosinha, em prantos.
- Pois você tem até amanhã para aprender o que precisa.
Arlindo deixou o quarto da loira batendo a porta. Adenair entrou em seguida, curioso em saber o que acontecera. Jeitosinha contou resumidamente a história.
- Mas não pode ser! Você precisará matá-lo também! - reagiu o invertido, batendo o pézinho nervosamente.
- Sim, mas não poderei fazê-lo agora. Não com o estranho desaparecimento do corpo de papai. Precisamos desvendar primeiro este mistério. - disse Jeitosinha, recompondo-se.
- Então você...
- Não resta outra alternativa, Adenair. Terei que me submeter aos caprichos de Arlindo. E pode ter certeza: estarei mais pronta amanhã do que ele pensa!
Pela primeira vez desde o rompimento, Jeitosinha voltou aquela noite ao apartamento de Bruno.
Encontrou-o em estado de total desespero, sorvendo doses e mais doses de whisky barato.
- Você destruiu a minha vida! - Lamentou o jovem.
A loira, usando um vestidinho curto, sentou-se no seu colo. Numa explosão de luxúria, enfiou a língua na boca de Bruno, antes que ele pudesse esboçar qualquer reacção. Num primeiro momento ele retribuiu ao carinho, mas logo lembrou-se de que estava beijando um homem. Rejeição e desejo se sucediam em ondas no coração de Bruno. Mas ele havia bebido bastante e amava Jeitosinha...
No dia seguinte, consumada uma louca e completa noite de amor, a loira acordou e viu Bruno, de pé, contemplando-a . Ela abriu um sorriso, mas não foi retribuída.
- Você é tão bonita... - murmurou o rapaz, com um semblante que mais sugeria um lamento que um elogio.
- O que você achou da noite, meu amor?
- Eu... Eu estou confuso... Foi tudo muito diferente... Me vi fazendo coisas que nunca imaginei ser capaz...
- Calma amor... - respondeu docemente Jeitosinha - Sente-se aqui ao meu lado. Vamos conversar melhor sobre isso...
- Bem... - respondeu Bruno, com um sorrisinho sem graça - podemos até conversar. Mas sentar eu não consigo...

Os três presentes para a mãe

Três filhos saíram de casa, tiveram sucesso na vida e prosperaram.
Anos depois, eles se encontraram e estavam discutindo sobre os presentes que
 eles conseguiram comprar para a mãe, que já era bem idosa.
O primeiro disse:
- "Eu consegui comprar uma casa enorme para nossa mãe."
O segundo disse:
- "Eu mandei-lhe um Mercedes SL65 AMG  com motorista."
O terceiro sorriu e disse:
- "Certamente o meu presente foi melhor. Vocês sabem como a
 nossa mãe gosta da Bíblia, mas ela está praticamente cega e não
 consegue mais ler. Então mandei p'ra ela um papagaio raro que
é capaz recitar a Bíblia todinha. Foram 12 anos de treino num mosteiro,
 por 20 monges diferentes. Eu tive de doar US$ 250 000 para o mosteiro,
mas valeu a pena. Nossa mãe precisa apenas de  dizer o capítulo
e versículo que o papagaio recita sem um único erro."
Tempos depois, os  filhos receberam da mãe uma carta de agradecimento pelos presentes:
Primeiro:
- "Marco, a casa que me compraste é muito grande. Eu moro apenas num
quarto, mas tenho de limpar a casa todinha..."
Segundo:
- "Martim, eu estou muito velha p'ra sair de casa e viajar. Eu fico em casa o
tempo todo e nunca uso o Mercedes que  me deste. E o motorista ganha sem fazer nada!
Terceiro:
- "Querido Marcelo, você  foi o único filho que teve o bom senso de saber que o que a sua mãe realmente gosta é de coisas simples.
Aquele franguinho estava delicioso, muito obrigada."

sexta-feira, 14 de junho de 2013

A VERDDEIRA IDENTIDADE DE JEITOSINHA cap. XI

Capítulo XI - Revolta de Arlindo

- Você nunca me enganou, Jeitosinha... - A voz de Arlindo destilava revolta e ódio. - Vou contar seu segredo ao papai, assim que ele voltar da pescaria! Aliás, vou contar ao mundo!
- Contar ao papai? - Espantou-se a moça. Então Arlindo não sabia que o pai estava morto! Não foi ele quem escondeu o corpo!
Jeitosinha estava tão fragilizada que acabou assumindo sua bizarra condição ao irmão.
- Sim, Arlindo. Sou uma mulher aprisionada no corpo de um homem. Mas sou a maior vítima desta situação! Eu lhe imploro: não revele o meu segredo!
- Não adianta, Jeitosinha... - retrucou o magoado Arlindo - Toda a minha vida brinquei com cavalinhos feitos de palitos de fósforo fincados em batatas, enquanto a princesa tinha os mais caros brinquedos. Toda a vida dormi espremido num beliche, com os pés do Amarildo tocando as minhas narinas, enquanto você tinha seu quarto e finos lençóis de seda...
Arlindo agarrou Jeitosinha pelos braços e fitou o fundo de seus olhos.
- Mas o que eu nunca vou perdoar mesmo foi aquela surra que levei quando descobri a verdade sobre você... Arlindo tremia de rancor.
- Mas nem eu mesma sabia! - Tentou defender-se Jeitosinha.
- Chega! Chega de suas mentiras! Arlindo virou-se em direcção à porta.
A irmã, desesperada, lançou-se ao chão e abraçou seus pés.
- Não, Arlindo... Por favor! Eu faço qualquer coisa!
- Qualquer coisa? - O tom do rapaz agora era mais suave. - Comece mostrando-se para mim. Quero vê-la nua! Relutante, Jeitosinha livrou-se de suas roupas e revelou seu corpo perfeito de mulher. Bem, quase perfeito.
-Não é justo... - Balbuciou Arlindo, apontando o apêndice que fazia de Jeitosinha um quadro surrealista - Até neste requisito você me ganha ...
- Por favor, não seja rude comigo...
- O quê? - espantou-se o moço - Você imaginou que eu quero tocar em você? É ruim, hein?
- Mas... O que você quer então? - Perguntou a moça, voltando a se vestir...
- Você vai me render dinheiro, irmãzinha. Muito dinheiro!

O que Arlindo pretende? Como Jeitosinha sairá dessa?
avizinham-se grandes aventuras e desventuras...
A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JEITOSINHA

Capítulo XI - Revolta de Arlindo
- Você nunca me enganou, Jeitosinha... - A voz de Arlindo destilava revolta e ódio. - Vou contar seu segredo ao papai, assim que ele voltar da pescaria! Aliás, vou contar ao mundo!
- Contar ao papai? - Espantou-se a moça. Então Arlindo não sabia que o pai estava morto! Não foi ele quem escondeu o corpo!
Jeitosinha estava tão fragilizada que acabou assumindo sua bizarra condição ao irmão.
- Sim, Arlindo. Sou uma mulher aprisionada no corpo de um homem. Mas sou a maior vítima desta situação! Eu lhe imploro: não revele o meu segredo!
- Não adianta, Jeitosinha... - retrucou o magoado Arlindo - Toda a minha vida brinquei com cavalinhos feitos de palitos de fósforo fincados em batatas, enquanto a princesa tinha os mais caros brinquedos. Toda a vida dormi espremido num beliche, com os pés do Amarildo tocando as minhas narinas, enquanto você tinha seu quarto e finos lençóis de seda...
Arlindo agarrou Jeitosinha pelos braços e fitou o fundo de seus olhos.
- Mas o que eu nunca vou perdoar mesmo foi aquela surra que levei quando descobri a verdade sobre você... Arlindo tremia de rancor.
- Mas nem eu mesma sabia! - Tentou defender-se Jeitosinha. 
- Chega! Chega de suas mentiras! Arlindo virou-se em direcção à porta.
A irmã, desesperada, lançou-se ao chão e abraçou seus pés.
- Não, Arlindo... Por favor! Eu faço qualquer coisa!
- Qualquer coisa? - O tom do rapaz agora era mais suave. - Comece mostrando-se para mim. Quero vê-la nua! Relutante, Jeitosinha livrou-se de suas roupas e revelou seu corpo perfeito de mulher. Bem, quase perfeito.
-Não é justo... - Balbuciou Arlindo, apontando o apêndice que fazia de Jeitosinha um quadro surrealista - Até neste requisito você me ganha ...
- Por favor, não seja rude comigo...
- O quê? - espantou-se o moço - Você imaginou que eu quero tocar em você? É ruim, hein?
- Mas... O que você quer então? - Perguntou a moça, voltando a se vestir...
- Você vai me render dinheiro, irmãzinha. Muito dinheiro!

O que Arlindo pretende? Como Jeitosinha sairá dessa?
avizinham-se grandes aventuras e desventuras...

quinta-feira, 13 de junho de 2013

A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JEITOSINHA Cap X

Capítulo X – Mistério na casa de Jeitosinha
Naquela manhã de segunda-feira, a mãe e os sete irmãos sentaram-se juntos para o café, na longa mesa da copa. Era tradicionalmente o momento em que a família colocava seus assuntos em dia. Mas um silêncio incómodo pairava no ar.
Jeitosinha sondou cada rosto, buscando em algum deles um sinal que indicasse quem escondera o corpo de Ambrósio. É claro que o pai não retornara da pescaria na noite anterior. Mas porque ninguém parecia se importar com o facto? Disfarçando o nervosismo, a moça arriscou perguntar à mãe:
- O papai não voltaria ontem?
- Sim, querida. - respondeu Marilena - Mas ele ligou dizendo que uma ponte caiu e que eles estão isolados na vila onde foram pescar.
- Era a voz dele, mãe? Tem certeza?
- Que pergunta... Claro, minha filha. A ligação estava ruim, mal escutei o que ele dizia. Mas quem mais poderia ser?
Arlindo, o ciumento irmão mais velho, esboçou um sorriso enigmático, que Jeitosinha rapidamente captou como um indício de culpa. "Sim! Arlindo! Só pode ser ele!", pensou. "Arlindo sempre desconfiou de que havia algo errado comigo. Ele nunca perdoou papai pelo carinho que me dedicava. Ele sabe, por alguma razão, que fui eu quem matou papai e apagou as evidências como parte de um plano de vingança! Mas por que esconder o corpo, ao invés de simplesmente me entregar à Polícia?". As perguntas atormentavam a mente limitada de nossa heroína loira.
Ela voltou para o quarto, cobriu o rosto com o travesseiro e começou a chorar baixinho. No princípio, chorava por medo. Pela confusão que tomara conta de sua vida. Mas logo sua dor se transfigurou, e Jeitosinha passou a verter seu pranto por saudades de Bruno. Lembrava-se das mãos do amado percorrendo seu corpo. Sentiu um calafrio e uma onda de excitação só de imaginar o toque suave de seus dedos.
Neste momento, abruptamente, Arlindo abre a porta. Jeitosinha ainda tem tempo de disfarçar as lágrimas. Mas não a erecção. -
Ahá... Eu sabia! - bradou o irmão, radiante, enquanto uma descarga de adrenalina fazia desaparecer do jeans apertado o volume comprometedor.

Conseguirá Jeitosinha escapar da revolta de Arlindo?
Capítulo X – Mistério na casa de Jeitosinha
Naquela manhã de segunda-feira, a mãe e os sete irmãos sentaram-se juntos para o café, na longa mesa da copa. Era tradicionalmente o momento em que a família colocava seus assuntos em dia. Mas um silêncio incómodo pairava no ar.
Jeitosinha sondou cada rosto, buscando em algum deles um sinal que indicasse quem escondera o corpo de Ambrósio. É claro que o pai não retornara da pescaria na noite anterior. Mas porque ninguém parecia se importar com o facto? Disfarçando o nervosismo, a moça arriscou perguntar à mãe:
- O papai não voltaria ontem?
- Sim, querida. - respondeu Marilena - Mas ele ligou dizendo que uma ponte caiu e que eles estão isolados na vila onde foram pescar.
- Era a voz dele, mãe? Tem certeza?
- Que pergunta... Claro, minha filha. A ligação estava ruim, mal escutei o que ele dizia. Mas quem mais poderia ser?
Arlindo, o ciumento irmão mais velho, esboçou um sorriso enigmático, que Jeitosinha rapidamente captou como um indício de culpa. "Sim! Arlindo! Só pode ser ele!", pensou. "Arlindo sempre desconfiou de que havia algo errado comigo. Ele nunca perdoou papai pelo carinho que me dedicava. Ele sabe, por alguma razão, que fui eu quem matou papai e apagou as evidências como parte de um plano de vingança! Mas por que esconder o corpo, ao invés de simplesmente me entregar à Polícia?". As perguntas atormentavam a mente limitada de nossa heroína loira.
Ela voltou para o quarto, cobriu o rosto com o travesseiro e começou a chorar baixinho. No princípio, chorava por medo. Pela confusão que tomara conta de sua vida. Mas logo sua dor se transfigurou, e Jeitosinha passou a verter seu pranto por saudades de Bruno. Lembrava-se das mãos do amado percorrendo seu corpo. Sentiu um calafrio e uma onda de excitação só de imaginar o toque suave de seus dedos.
Neste momento, abruptamente, Arlindo abre a porta. Jeitosinha ainda tem tempo de disfarçar as lágrimas. Mas não a erecção. -
Ahá... Eu sabia! - bradou o irmão, radiante, enquanto uma descarga de adrenalina fazia desaparecer do jeans apertado o volume comprometedor.

Conseguirá Jeitosinha escapar da revolta de Arlindo?

segunda-feira, 10 de junho de 2013

A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JEITOSINHA Cap. IX

Capítulo IX - A grande surpresa

Passava da meia-noite quando Jeitosinha voltou para casa. Seu álibi foi perfeito: consumiu as últimas horas estudando Geografia com uma amiga, como costumava fazer.
Ela estava impressionada com a própria frieza: conseguiu concentrar-se nos livros e conversar amenidades como se nada tivesse acontecido. Mas ainda sentia nas mãos o tremor da serra eléctrica. Os gritos de Ambrósio continuavam ecoando em seus ouvidos .Eram sensações surpreendentemente gostosas. Arrependimento mesmo, só o de ter perdido o capítulo da novela das nove.
"A mamãe, eu matarei na hora do Telejornal da TVI", jurou para si mesma. As luzes da sala estavam acesas. Viu pela janela os vultos de seus familiares. Entrou pela porta principal preparando-se para fingir dor e desespero ao se deparar com os pedaços de carne e ossos de seu pai espalhados pela sala.
Mas qual não foi o seu espanto ao perceber que não havia na casa um só vestígio de seu crime hediondo! Quatro de seus irmãos, inclusive Adenair, estavam a ver a casa dos segredos, tranquilamente. Sua mãe havia se recolhido ao quarto.
- Onde está o papai? - perguntou.
- Foi pescar. - respondeu Amarildo, o segundo filho de Ambrósio e Marilena.
- Pescar?
- Sim, deixou um bilhete com a mamãe, dizendo que resolveu na última hora e que volta amanhã à noite.
As belas pernas de Jeitosinha estremeceram e ela sentiu uma estranha vertigem. Realmente seu pai era dado a estes rompantes e o sumiço não chegava a espantar ninguém em sua casa.
"Será que tudo não passou de uma alucinação?", questionou-se.
Mas não. Observando o revestimento plástico do sofá onde o crime acontecera, percebeu o cheiro de detergente e marcas de pano, que sugeriam uma limpeza recente.
Jeitosinha puxou seu cúmplice, Adenair, até o quarto.
- O que está acontecendo?
- Eu é que te pergunto! - retrucou o irmão
- Você não ia matar o papai?
- Matei! Eu matei! Alguém escondeu os restos, limpou a sala e ainda deixou um falso bilhete para a mamãe! Adenair deu um gritinho ansioso e histérico. Jeitosinha esbofeteou-lhe a face e disse, resoluta:
- Calma. Você já esperou mais de 20 anos. Não acho que seja a melhor hora p’ra soltar a franga...

Que estranho mistério se esconde na casa de Jeitosinha?

Passos Coelho dá o exemplo: também ele sofre com a crise

Desde que fui para o governo é só pobreza... ninguém compreende o que um politico sofre com a crise.
 Amigos...a crise atingiu-me !
Agora é que estou desgraçadinho de todo...


A minha casa é tão pequena que tenho a banheira na rua.
Passos Coelho e os cortes anedota
 O meu carro já nem sequer tem capota 
Passos Coelho e os cortes anedota
 Queijos... só como os velhos e bolorentos 
Passos Coelho e os cortes anedota
Vinhos também só dos mais velhotes

Passos Coelho e os cortes anedotaPassos Coelho e os cortes anedota

E mesmo a carne só como da seca...
Passos Coelho e os cortes anedota

Mas tou aí... Na luta!!!... 
Vamos vencer a crise!!!
Eu já estou a fazer os meus sacrifícios.


A

sexta-feira, 7 de junho de 2013

A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JEITOSINHA cap. VIII

Capítulo VIII - Falsa loira nua
Adenair, que era estagiário na Secretaria de Meio Ambiente do município, conseguiu, sem chamar a atenção, retirar uma moto-serra do armazém da Prefeitura. Como o dia seguinte seria um Domingo, ele teria tempo de limpar a ferramenta e devolvê-la ao seu local de origem antes que dessem pela sua falta.
Ao cair da noite, ninguém na família poderia imaginar o drama que se desenrolaria nas próximas horas. Um por um, os irmãos mais velhos foram saindo, como quaisquer jovens numa noite de Sábado. Adenair foi o último a deixar a casa. Controlando as emoções, despediu-se do pai sem despertar suspeitas.

Enfim, a sós, Jeitosinha e Ambrósio assistiam ao telejornal das oito. Ela usava um vestidinho curto. Balançava provocantemente as pernas, mostrando toda a extensão de suas coxas bem torneadas. A loira sabia que o pai moralista logo iria implicar com a roupa.
- Precisa usar um vestido tão curto? Vá já se vestir direito! - Ordenou Ambrósio, apontando para o quarto de Jeitosinha.
Era a deixa que a moça esperava. Ela entrou no seu quarto e reapareceu poucos minutos depois, causando a última e pior visão que aquele homem rude jamais tivera.
Sua filha, seu meigo tesouro, estava completamente nua, portando a serra eléctrica. Mas o maior espanto de Ambrósio foi constatar a existência de uma outra ferramenta, pendurada entre as pernas da bela loira. Ficou em estado de choque perante a imponência da 'coisa', muito maior que a dele.
- N-não pode ser! Não pode ser! O que é isso? - Balbuciou o homem, com uma expressão patética, indicando a piroca de Jeitosinha.
- Isto sou eu, papai! Eu sou o monstro que você criou! O som ensurdecedor da serra abafou os gritos desesperados do homem, que, de tão surpreso, nem sequer teve forças para lutar.

Minutos depois, tudo era silêncio e calma. Jeitosinha tomou um banho demorado, vestiu-se, escondeu a serra eléctrica num terreno próximo, seguindo o plano previamente combinado com o irmão, e dirigiu-se tranquilamente à casa de uma amiga, deixando montado na sala de sua casa um cenário dantesco.
Estava encerrada a primeira etapa de sua vingança. Ou pelo menos Jeitosinha imaginava que sim...
A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JEITOSINHA
Capítulo VIII - Falsa loira nua
Adenair, que era estagiário na Secretaria de Meio Ambiente do município, conseguiu, sem chamar a atenção, retirar uma moto-serra do armazém da Prefeitura. Como o dia seguinte seria um Domingo, ele teria tempo de limpar a ferramenta e devolvê-la ao seu local de origem antes que dessem pela sua falta.
Ao cair da noite, ninguém na família poderia imaginar o drama que se desenrolaria nas próximas horas. Um por um, os irmãos mais velhos foram saindo, como quaisquer jovens numa noite de Sábado. Adenair foi o último a deixar a casa. Controlando as emoções, despediu-se do pai sem despertar suspeitas.
Enfim, a sós, Jeitosinha e Ambrósio assistiam ao telejornal das oito. Ela usava um vestidinho curto. Balançava provocantemente as pernas, mostrando toda a extensão de suas coxas bem torneadas. A loira sabia que o pai moralista logo iria implicar com a roupa.
- Precisa usar um vestido tão curto? Vá já se vestir direito! - Ordenou Ambrósio, apontando para o quarto de Jeitosinha.
Era a deixa que a moça esperava. Ela entrou no seu quarto e reapareceu poucos minutos depois, causando a última e pior visão que aquele homem rude jamais tivera.
Sua filha, seu meigo tesouro, estava completamente nua, portando a serra eléctrica. Mas o maior espanto de Ambrósio foi constatar a existência de uma outra ferramenta, pendurada entre as pernas da bela loira. Ficou em estado de choque perante a imponência da 'coisa', muito maior que a dele.
- N-não pode ser! Não pode ser! O que é isso? - Balbuciou o homem, com uma expressão patética, indicando a piroca  de Jeitosinha.
- Isto sou eu, papai! Eu sou o monstro que você criou! O som ensurdecedor da serra abafou os gritos desesperados do homem, que, de tão surpreso, nem sequer teve forças para lutar.
Minutos depois, tudo era silêncio e calma. Jeitosinha tomou um banho demorado, vestiu-se, escondeu a serra eléctrica num terreno próximo, seguindo o plano previamente combinado com o irmão, e dirigiu-se tranquilamente à casa de uma amiga, deixando montado na sala de sua casa um cenário dantesco.
Estava encerrada a primeira etapa de sua vingança. Ou pelo menos Jeitosinha imaginava que sim...

Se Camões fosse vivo, escreveria assim os "Canalhíadas":
 
I
  
   
As sarnas de barões todos inchados
 Eleitos pela plebe lusitana
 Que agora se encontram instalados
 Fazendo o que lhes dá na real gana
 Nos seus poleiros bem engalanados,
 Mais do que permite a decência humana,
 Olvidam-se do quanto proclamaram
 Em campanhas com que nos enganaram!

 II

 E também as jogadas habilidosas
 Daqueles tais que foram dilatando
 Contas bancárias ignominiosas,
 Do Minho ao Algarve tudo devastando,
 Guardam para si as coisas valiosas
 Desprezam quem de fome vai chorando!
 Gritando levarei, se tiver arte,
 Esta falta de vergonha a toda a parte!

 III

 Falem da crise grega todo o ano!
 E das aflições que à Europa deram;
 Calem-se aqueles que por engano
 Votaram no refugo que elegeram!
 Que a mim mete-me nojo o peito ufano
 De crápulas que só enriqueceram
 Com a prática de trafulhice tanta
 Que andarem à solta só me espanta.

 IV

 E vós, ninfas do Coura onde eu nado
 Por quem sempre senti carinho ardente
 Não me deixeis agora abandonado
 E concedei engenho à minha mente,
 De modo a que possa, convosco ao lado,
 Desmascarar de forma eloquente
 Aqueles que já têm no seu gene
 A besta horrível do poder perene!


 Luíz Vais Sem Tostões

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Tombe la neige - SALVATORE ADAMO

A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JEITOSINHA - Cap. VII

Capítulo VII - Plano de vingança
Não foi difícil para Jeitosinha convencer Adenair a juntar-se a ela em seus planos de vingança. Ele sabia que seu pai, violento e castrador, jamais o deixaria sair do armário.
Com Ambrósio morto, um novo horizonte, muito mais colorido, se desenhava à sua frente.

- Já pensou, Jeitosinha? Vou poder comprar um top dourado... colocar piercings nos mamilos... Fazer de Drag Quenn num show de Madonna.
Adenair só não estava muito certo sobre a morte da mãe. Marilena sempre foi uma mulher zelosa de seus filhos, e muito carinhosa com os sete.
- Você acha que o erro da mamãe foi assim tão grave? - perguntou.
- Se eu acho? - indignou-se Jeitosinha - Minha vida foi uma farsa!
- Mas sempre é tempo de recomeçar... Você pode fazer uma operação de troca de sexo...
- Não é tão simples. Eu gosto de mim como sou! O problema é que o mundo não está preparado para aceitar pessoas diferentes!
- Pôxa... O mundo aceitou o Michael Jackson! - ainda insistiu Adenair.

Mas Jeitosinha estava decidida.
- A vingança vai começar. Papai será a primeira vítima.
- Qual é o seu plano?
- Amanhã é Sábado. Neste dia, à noite, todos os nossos irmãos saem para se divertir. Mamãe tem a novena na casa de Dona Nair, papai e eu costumamos ficar sozinhos em casa.
Adenair ouvia com atenção o plano traçado por Jeitosinha na noite anterior.
- Papai terá uma morte violenta. Sangrenta. Algo tão hediondo que ninguém suspeitará que o crime poderia ter sido praticado por uma pessoa como eu, uma jovem loira, maravilhosa e frágil...
- E como eu poderei ajudar? - Perguntou Adenair.
Jeitosinha esboçou um sorriso estranho e respondeu, num tom seco:
- Me arranje uma serra eléctrica!

Sangue! Corpo esquartejado! Falsa loira nua! Será o crime perfeito?

Capítulo VII - Plano de vingança
Não foi difícil para Jeitosinha convencer Adenair a juntar-se a ela em seus planos de vingança. Ele sabia que seu pai, violento e castrador, jamais o deixaria sair do armário.
Com Ambrósio morto, um novo horizonte, muito mais colorido, se desenhava à sua frente.
- Já pensou, Jeitosinha? Vou poder comprar um top dourado... colocar piercings nos mamilos... Fazer de Drag Quenn num show  de Madonna.
Adenair só não estava muito certo sobre a morte da mãe. Marilena sempre foi uma mulher zelosa de seus filhos, e muito carinhosa com os sete.
- Você acha que o erro da mamãe foi assim tão grave? - perguntou.
- Se eu acho? - indignou-se Jeitosinha - Minha vida foi uma farsa!
- Mas sempre é tempo de recomeçar... Você pode fazer uma operação de troca de sexo...
- Não é tão simples. Eu gosto de mim como sou! O problema é que o mundo não está preparado para aceitar pessoas diferentes!
- Pôxa... O mundo aceitou o Michael Jackson! - ainda insistiu Adenair.
Mas Jeitosinha estava decidida.
- A vingança vai começar. Papai será a primeira vítima.
- Qual é o seu plano?
- Amanhã é Sábado. Neste dia, à noite, todos os nossos irmãos saem para se divertir. Mamãe tem a novena na casa de Dona Nair, papai e eu costumamos ficar sozinhos em casa.
Adenair ouvia com atenção o plano traçado por Jeitosinha na noite anterior.
- Papai terá uma morte violenta. Sangrenta. Algo tão hediondo que ninguém suspeitará que o crime poderia ter sido praticado por uma pessoa como eu, uma jovem loira, maravilhosa e frágil...
- E como eu poderei ajudar? - Perguntou Adenair.
Jeitosinha esboçou um sorriso estranho e respondeu, num tom seco:
- Me arranje uma serra eléctrica!

Sangue! Corpo esquartejado! Falsa loira nua! Será o crime perfeito?

segunda-feira, 3 de junho de 2013

A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JEITOSINHA - Cap. VI

Capítulo VI - O plano macabro de Jeitosinha

Dos seis irmãos, só o mais velho não se dava bem com Jeitosinha. Todos os outros nutriam um enorme carinho pela caçula. Adenair, o sexto filho, um ano mais velho que a irmã, era o grande amigo e confidente da moça.
- O que foi, Jeitosinha? Você parece distante... - perguntou Adenair, durante o café da manhã.
Jeitosinha percorreu a cozinha com os olhos e certificou-se de que os dois estavam sozinhos.
- Irmão... Você saberia guardar um segredo muito importante?
O moço gelou por dentro. Embora Jeitosinha não suspeitasse, Adenair também guardava um mistério. Ele balançou a cabeça positivamente, respondendo à pergunta.
- Então, vem comigo...
A loira puxou o irmão pela mão até o seu quarto. Trancou a porta e desabotoou a calça jeans.
- Que é isso! O que você está fazendo, Jeitosinha?
Sem dizer uma palavra, jeitosinha exibiu seu membro masculino a Adenair.
- Não! Não pode ser! Me diz que isso é de borracha e que hoje é Primeiro de Abril! - reagiu o rapaz.
- É o que você está vendo, irmão... Eu sou homem!
- Não, Jeitosinha... Isso aí não quer dizer muita coisa... - o olhar de Adenair era estranho
- Eu também tenho um e... e...
Jeitosinha entendeu na hora. Então não era por acaso que Adenair comprava todos os discos da Celine Dion e anotava as dicas da Ana Maria Braga.
- Adenair... Você é gay?
- Sim! Minha condição é muito pior do que a sua! - confessou o irmão, entre soluços.
- Você pelo menos pode usar aquele vestidinho pink ma-ra-vi-lho-so!
Jeitosinha abraçou Adenair e enxugou suas lágrimas com os dedos.
- Adenair... Só me tira uma dúvida...
-É, fui eu sim. - interrompeu o rapaz - Sua Barbie está no fundo da minha gaveta de meias...
E agarrou-se a Jeitosinha com uma enorme sensação de alívio.

Será que Adenair vai se juntar à irmã no plano de vingança?
Capítulo VI - O plano macabro de Jeitosinha
Dos seis irmãos, só o mais velho não se dava bem com Jeitosinha. Todos os outros nutriam um enorme carinho pela caçula. Adenair, o sexto filho, um ano mais velho que a irmã, era o grande amigo e confidente da moça.
- O que foi, Jeitosinha? Você parece distante... - perguntou Adenair, durante o café da manhã.
Jeitosinha percorreu a cozinha com os olhos e certificou-se de que os dois estavam sozinhos.
- Irmão... Você saberia guardar um segredo muito importante?
O moço gelou por dentro. Embora Jeitosinha não suspeitasse, Adenair também guardava um mistério. Ele balançou a cabeça positivamente, respondendo à pergunta.
- Então, vem comigo...
A loira puxou o irmão pela mão até o seu quarto. Trancou a porta e desabotoou a calça jeans.
- Que é isso! O que você está fazendo, Jeitosinha?
Sem dizer uma palavra, jeitosinha exibiu seu membro masculino a Adenair.
- Não! Não pode ser! Me diz que isso é de borracha e que hoje é Primeiro de Abril! - reagiu o rapaz.
- É o que você está vendo, irmão... Eu sou homem!
- Não, Jeitosinha... Isso aí não quer dizer muita coisa... - o olhar de Adenair era estranho
- Eu também tenho um e... e...
Jeitosinha entendeu na hora. Então não era por acaso que Adenair comprava todos os discos da Celine Dion e anotava as dicas da Ana Maria Braga.
- Adenair... Você é gay?
- Sim! Minha condição é muito pior do que a sua! - confessou o irmão, entre soluços.
- Você pelo menos pode usar aquele vestidinho pink ma-ra-vi-lho-so!
Jeitosinha abraçou Adenair e enxugou suas lágrimas com os dedos.
- Adenair... Só me tira uma dúvida...
-É, fui eu sim. - interrompeu o rapaz - Sua Barbie está no fundo da minha gaveta de meias...
E agarrou-se a Jeitosinha com uma enorme sensação de alívio.

Será que Adenair vai se juntar à irmã no plano de vingança?

r
"Este país (Portugal) preocupa-me, este país dói-me. E aflige-me a apatia, aflige-me a indiferença, aflige-me o egoísmo profundo em que esta sociedade vive. De vez em quando, como somos um povo de fogos de palha, ardemos muito, mas queimamos depressa."

José Saramago

sábado, 1 de junho de 2013

A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JEITOSINHA - Cap. V

Capítulo V - Bruno e Jeitosinha



Desilusão, medo, vergonha. Sentimentos variados dominavam a cabeça de Bruno quando Jeitosinha lhe expôs sua triste verdade. Sentia que ainda a amava e até compreendia que ela era a grande vítima desta trapaça do destino, mas o amor estava isolado por um intransponível muro de aversão.
- Não podemos continuar juntos, meu amor! Eu sou hetero!
- Mas Bruno... Eu continuo sendo a mesma!
- A mesma? Com aquela coisa enorme, que parece um celular Motorola daqueles antigos? Não, Jeitosinha. Lamento, mas está tudo acabado entre nós!

"Que somos, se não germes rastejantes num enorme teatro do absurdo?", pensou a loira, tomada pelo desânimo.

Jeitosinha voltou para casa com passos lentos, como se carregasse o mundo nas costas. Ao entrar em casa deparou-se com Ambrósio.
- Onde você estava, tesouro? Papai já lhe disse que uma mocinha frágil não pode ficar zanzando por aí!
Embora fosse um homem violento, Ambrósio era sempre doce e atencioso com Jeitosinha. Por isso mesmo a filha, até então, o adorara. Mas agora, sabendo que vivia uma farsa, e que a origem de todo o seu sofrimento era o medo imposto a Marilena por aquele homem, sentia ânsias de vómito só de olhar para o seu rosto. Vingança! Era tudo o que Jeitosinha queria naquele momento! A vingança penetrou cada pequena veia de seu coração, antes ocupado pelo amor que sentia por Bruno. Controlando o tom de voz e forçando um sorriso, Jeitosinha respondeu ao pai:
- Estava estudando com umas amigas. Estou com muita dor-de-cabeça e vou me deitar, papai.

A moça trancou-se no quarto e tirou da bolsa uma revista pornográfica, que acabara de comprar numa banca próxima à casa de Bruno.
- Então são assim os homens e mulheres! - disse baixinho para si, enquanto folheava a publicação. Completamente nua, viu no espelho que era uma mulher perfeita. Comparou seu pénis com os dos actores porno da revista. Eram muito parecidos, embora o de Jeitosinha fosse substancialmente maior. Tocou-se como nunca se tocara. Deixou-se dominar pela líbido, livre da repressão imposta pelo pai. Ao deitar-se para dormir, Jeitosinha estava muito triste, mas não havia perdido a razão de viver. Ela sabia que tinha uma missão: Destruir Ambrósio, Marilena e Bruno.

Qual será o plano macabro de Jeitosinha?

TRIÂNGULO ESCALENO?


                                     Anselm Feuerbach


Jane­las, por onde entram e saem sen­ti­men­tos de quem muito sabe e sabe dizer.”

Curioso  (comentador)

Das janelas abertas aos sentimentos, veio história antiga como a parcela d’A Divina Comédia em que Dante encontra Francesca da Ramini. Revela a Dante como ela e Paolo Malatesta atearam a paixão:

“Um dia a ler com ele me deleito,

de Lançarote, o amor como o prendeu,

várias vezes o olhar nos suspendeu

essa leitura e deu pálido aviso;

mas foi um ponto só que nos venceu.

Quando lemos do desejado riso

a ser beijado por tão grande amante,

e este, que de mim seja indiviso,

a boca me beijou, todo anelante

[…] nesse dia não lemos adiante.”

Em cada olhar à pintura de Anselm Feuerbach, vislumbro o marido ofendido encoberto em segundo plano, enquanto Francesca e Paolo se harmonizam na leitura do romance cortês. Nestes, paz e contemplação. Fantasio ira assassina plasmada no rosto do marido desfeito por orgulho clivado pelos amantes. O pintor como alcoviteiro ao indiciar que Paolo não lê mas posiciona os membros na tentativa de prazer outro e mesmo e renovado.



Ler e pensar podem ser perigosos. Honrados sejam os não timoratos de vícios estes. E vem lugar-comum: “O que sabe bem ou é pecado ou mata.” Pela leitura morte é rara e o pecado não bate assim


in sempenisneminveja

 O velho e fantástico humor judeu.
Uma jornalista da CNN ouviu falar de um judeu muito velhinho que ia
todos os dias, duas vezes por dia, ao Muro das Lamentações para rezar,
durante largos minutos. Decidiu verificar.

Colocou-se em observação junto do Muro e... lá apareceu ele, andando
trôpego, em direcção ao local sagrado.

Observou-o, enquanto rezava, durante uns 45 minutos.

Quando ele voltava, vagarosamente, apoiado na sua bengala,
aproximou-se para a entrevista.

- Desculpe-me, senhor. Sou Rebecca Smith, da CNN. Como é o seu nome?

- Morris Feldman - respondeu ele.

- Senhor Feldman, há quanto tempo vem ao Muro orar?

- Há uns 60 anos - respondeu o velho judeu.

- Sessenta anos! Isso é incrível! E o que é que o senhor pede?

- Peço que os cristãos, os judeus e os muçulmanos vivam em paz. Peço
que todas as guerras e todo o ódio terminem. Peço que as crianças
cresçam em segurança e se tornem adultos responsáveis. Peço amor entre
os homens.

- E como é que o senhor se sente, pedindo isso há 60 anos?

- Sinto-me como se estivesse a falar para uma parede...